Suassuna diz que Lula injetou o ânimo que faltava para o Brasil crescer

Da Redação | 23/01/2007, 18h45

Em entrevista à Agência Senado, nesta terça-feira (23), o líder do PMDB, Ney Suassuna, elogiou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado pelo governo nesta segunda (22). Ele insistiu na necessidade de o Brasil romper a atual postura de acomodação e buscar o crescimento econômico como vem ocorrendo com a maioria dos países emergentes.Para o senador, se cada brasileiro "assumir a proposta de crescimento e aumentar sua capacidade produtiva em 10%, o país poderá crescer 10%".

Suassuna valeu-se do exemplo da China que, segundo ele, utilizou sua massa de trabalhadores para a construção de grandes barragens e, ao mobilizá-los, conseguiu chegar ao atual nível de desenvolvimento.

Para o parlamentar, as críticas ao PAC vêm da oposição e qualquer cenário quelhe fosse apresentado seria considerado insuficiente. Quanto à utilização de recursos do FGTS para financiamento de obras de infra-estrutura, Suassuna comentou que as centrais sindicais que se manifestaram contrárias à proposta provavelmente não a leram e, por isso, não a compreenderam. Na sua avaliação, a medida não só não prejudicará como beneficiará os trabalhadores.

Suassuna fez questão de esclarecer que nenhum governo anterior se propôs como o atual a assegurar aumento real do salário mínimo. Para ele, a proposta é positiva por dar garantias de que o mínimo não ficará defasado. O parlamentar defendeu a busca por um teto salarial para os três Poderes, anunciado no PAC. Recordou que a medida está prevista na Constituição de 88 e seria a melhor forma de sanar discrepâncias existentes entre os Poderes.

Por outro lado, na opinião do senador, faltou ao PAC tratar a questão da dívida ativa da União. O senador sugeriu a criação de um grupo para renegociação das dívidas das empresas e a terceirização da cobrança das pequenas dívidas, para recuperar entre R$ 60 e R$ 70 bilhões.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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