"Mãe do Rio" será primeira telenovela amazônida, diz Gilvam Borges

Da Redação | 17/05/2006, 17h46

Mostrar a Amazônia e o Amapá do ponto de vista do "caboclo" amazonense é o objetivo da telenovela Mãe do Rio, cujo primeiro capítulo foi exibido no início da tarde desta quarta-feira (18), no auditório Petrônio Portela. O roteiro da novela e sua concepção são do senador Gilvam Borges (PMDB-AP), em parceria com artistas amapaenses.

A telenovela será exibida a partir de 29 de maio pela TV Tucuju, afiliada da Rede TV em Macapá. O fato de Mãe do Rio ser uma produção totalmente realizada na Amazônia é, por si só, "um feito inédito na história das telenovelas", disse Gilvam Borges.

Dirigida por Ângela Nunes, que, juntamente com Joseli Dias, assina o roteiro com o parlamentar, Mãe do Rio inspira-se nas lendas amazônicas do Boto e da Matita Pereira. A história se passa no município fictício de Corre-água.

A primeira cena da novela traz o nascimento de filhos gêmeos do Boto. A lenda diz que o boto se transforma num rapaz charmoso, hábil dançarino que conquista mulheres. O Boto serve para moças justificarem a gravidez sem casamento. "Foi o boto", dizem, e assim começa a Mãe do Rio.

- A história não está localizada no Amapá, mas na Amazônia, de forma que qualquer amazônida pode se identificar com ela. A trama ocorre entre o núcleo ribeirinho da Vila Marisia e o núcleo urbano que mora na cidade - explicou a diretora e roteirista Ângela Nunes.

Com a novela nasce um projeto musical de divulgação da música todos os ritmos presentes na Amazônia, disse Ângela Nunes. Da trilha musical será produzido um CD duplo.

- É uma maneira de divulgar o Amapá e a Amazônia e mostrar que nós temos talento - disse Angela Nunes.

Na opinião de Ângela, o público brasileiro vê a Amazônia nas telas muito mais do ponto de vista de Hollywood do que dos amazônidas.

- É muito fácil para Hollywood ou outro qualquer grande produtor mostrar a Amazônia sob a visão externa - disse a diretora.

Segundo ela, mais de 200 pessoas entre técnicos e atores estão envolvidos no projeto. E a maioria sem experiência anterior com esse tipo de trabalho. Ângela Nunes é professora de literatura, autora de livros de contos e pretende escrever um romance a partir do roteiro da novela.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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