Líderes consideram convocação extraordinária a mais produtiva dos últimos anos

Da Redação | 14/02/2006, 00h00

Os principais líderes partidários do Senado concordam: muitas matérias importantes foram votadas pelo Congresso durante a convocação extraordinária, que, para muitos parlamentares, foi uma das mais produtivas dos últimos anos.

Veja abaixo como alguns senadores avaliaram a convocação extraordinária:

·Tião Viana (PT-AC), 1º vice-presidente do Senado:

- O Senado votou perto de sessenta matérias, todas de grande relevância para o país, As CPIs funcionaram normalmente, aprofundando as suas investigações e o Congresso acompanhou o debate nacional. O saldo da convocação é bastante positivo.

·Efraim Morais (PFL-PB), 1º secretário do Senado:

- O Senado votou praticamente 90% da agenda, e acredito que a votação do orçamento estará concluída na próxima semana. As CPIs trabalharam bem; na CPI dos Bingos aprovamos o relatório parcial da GTech e avançamos nas investigações.

·Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo no Senado:

- Todos os principais projetos foram votados, com participação ativa de todos os senadores. Aprovamos matérias relevantes, inclusive aquela que reduz o recesso para 55 dias. Desde que cheguei ao Congresso, em 1990, lutamos por esse projeto. Sua aprovação foi uma medida de prudência para o Legislativo; com ela o Parlamento entrou em sintonia com as ruas.

·Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB:

- A convocação foi muito criticada por duas razões. Primeiro, porque o governo acionou suas baterias para fazer com que, enquanto se criticasse o Congresso, não se falasse de mensalão. Segundo, porque as regras que até agora existiam, com um recesso longo e convocação remunerada, não estavam de acordo com o que desejava a sociedade. Agora isso foi mudado.

·José Agripino (RN), líder do PFL:

- O balanço da convocação é positivo. As pesquisas de opinião pública apresentam uma melhora na avaliação do Congresso, o que faz jus aos fatos. Deliberamos várias vezes até tarde da noite, votando matérias prioritárias, o que foi percebido pela sociedade. Mais do que a quantidade delas, essa melhora na avaliação reflete a qualidade do que se votou.

·Heloísa Helena (AL), líder do PSOL:

- Todas as matérias que foram votadas no período da convocação extraordinária poderiam ter sido votadas durante o ano legislativo, sem aprofundar a desmoralização do Congresso e sem promover a fortuna de gastos que isso significou para os cofres públicos.

·Fernando Bezerra (PTB-RN), líder do governo no Congresso:

- Estou no Senado há onze anos e assisti a muitas convocações extraordinárias. Nenhuma com tanta produtividade como esta.

·Alvaro Dias (PSDB-PR), vice-líder da minoria:

- Uma das matérias mais importantes que foram aprovadas, a que altera o rito de tramitação das medidas provisórias, recupera a prerrogativa do Congresso de legislar. Essa medida adotada pelo Senado estabelece um filtro para que as medidas inconstitucionais sejam de pronto devolvidas ao Executivo.

·Ney Suassuna (PB), líder do PMDB e líder da maioria:

- Votamos tudo o que chegou aqui. Por duas vezes limpamos a pauta completamente e queremos votar aquilo que foi colocado como imprescindível para a convocação.

·João Ribeiro (TO), líder do PL:

- A convocação não deveria ter sido feita, mas já que foi, respeito a decisão. Há parlamentares que acham que ela poderia ter sido evitada. Se não tivesse ocorrido, eu teria achado melhor, pois, como sou um parlamentar municipalista, teria sido possível visitar com mais freqüência as cidades do meu estado. De qualquer forma, o Senado cumpriu a sua missão, votando matérias importantes.

·César Borges (BA), vice-líder do PFL:

- Inicialmente a convocação foi equivocada, pois o funcionamento do Plenário começou apenas em 16 de janeiro. Mas quando as comissões e o Plenário iniciaram seus trabalhos avançamos em muitas matérias importantes, aprovando até algo que era impensável: limitar a edição de medidas provisórias. No final, o saldo será positivo em número de matérias aprovadas.

·Antônio Carlos Valadares (SE), líder do PSB:

- Matérias da mais alta importância foram objeto de apreciação, a começar pela redução do recesso parlamentar.

·Ana Júlia (PA), vice-líder do PT:

- A convocação extraordinária teve um resultado extraordinário, pois aprovamos matérias importantíssimas para a sociedade. A aprovação da emenda que acabou com o pagamento extra da convocação foi importante, apesar de achar que não é esse tipo de coisa que pode moralizar o trabalho dos políticos. Destaco também a aprovação do projeto de gestão das florestas.

·Marcelo Crivella (RJ), líder do PRB:

- Essa convocação surpreendeu a opinião pública, pois permitiu a votação de matérias importantíssimas. Foi dada uma satisfação ao povo com o fim do pagamento extra pela convocação. Considero que a reforma política, com o fim da verticalização e a lei que reduz os gastos de campanha está entre as proposições mais relevantes.

·Jefferson Péres (AM), líder do PDT:

- Esta deve ter sido a convocação mais produtiva entre as que participei. Nela quebramos alguns tabus como a ajuda de custo aos parlamentares. O Senado aprovou finalmente uma regulamentação adequada para as medidas provisórias e uma medida de grande interesse para a minha região, que é o projeto de gestão das florestas públicas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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