Conselho de Ética quer fim de remuneração pela convocação extraordinária

Da Redação | 09/01/2006, 00h00

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou, nesta segunda-feira (9), requerimento de autoria do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) solicitando a colocação, como primeiro item da pauta de votações em plenário, do projeto do deputado Raul Jungmann (PPS-PE) que suprime a remuneração na convocação extraordinária do Congresso Nacionale reduz o recesso parlamentar.

Após a aprovação do requerimento, o presidente do colegiado, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), afirmou, em entrevista à imprensa, que a atual convocação do Congresso foi feita de maneira inadequada, por valer efetivamente, até 15 de janeiro, apenas para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e para a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).

- Não adianta fazer meia convocação, valendo somente para o Conselho de Ética e para a CMO. O Plenário e a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara também deveriam ter sido incluídos- disse Ricardo Izar.

Ricardo Izar disse que, ainda nesta segunda-feira (9), se reuniria com o relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), para discutir a adoção de medidas para se evitar a possibilidade de um "acordão" - denunciada por Serraglio - visando livrar da cassação os deputados envolvidos com o esquema do "mensalão".

Ele adiantou também que, além de sugerir a punição dos deputados considerados culpados, o Conselho deÉtica deveráprocurar as bancadas para explicar com detalhes os processos, apresentando inclusive provas e oitivas das testemunhas.

O Conselho de Ética ouviu ainda o advogado Paulo Goyaz, arrolado como testemunha de defesa no processo de cassação contra o deputado Pedro Correa (PP-PE), acusado de sacar R$ 4,1 milhões das contas do publicitário mineiro Marcos Valério.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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