Ao vivo, para todo o país: "Vai embora, Severino"

Da Redação | 21/09/2005, 00h00

Assim que Severino Cavalcanti pronunciou a última palavra de seu discurso, uma mulher gritou das galerias: "Vai embora, Severino". Foi a senha para que cerca de 20 universitários começassem a se manifestar aos gritos contra a corrupção. O refrão mais repetido foi "tem mensalinho, tem mensalão, mas não tem dinheiro para educação".

Os estudantes, que se disseram da Universidade de Brasília e da Universidade Estadual de Goiás, se recusaram a deixar pacificamente as galerias e a segurança da Câmara teve de usar a força. As cenas e os gritos dos estudantes sendo empurrados das galerias foram apresentadas ao vivo para o país por emissoras de rádio e de televisão que transmitiam a renúncia de Severino Cavalcanti. Alguns resistiram e os seguranças  tiveram de dominá-los e arrastá-los.

O vice-presidente da Câmara, Thomaz Nonô (PFL-AL) suspendeu a sessão por dez minutos. Os deputados ficaram em silêncio no plenário olhando o tumulto. As galerias da Câmara eram separadas do plenário por vidros grossos, instalados depois de tumultos provocados por manifestantes durante as votações das reformas constitucionais do governo Fernando Henrique Cardoso. Os vidros foram retirados por ordem do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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