Efraim Morais defende funcionamento normal da CPI dos Bingos
Da Redação | 06/07/2005, 00h00
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), defendeu nesta quarta-feira (6) o funcionamento normal da CPI durante o período de recesso parlamentar do Congresso Nacional. Segundo ele, as denúncias de corrupção que envolvem o empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, e o ex-assessor da Presidência da República Waldomiro Diniz exigem apuração imediata.
- Vamos continuar trabalhando normalmente e, no próximo encontro, já teremos definido um cronograma de trabalho. Mais do que nunca, o Congresso precisa estar trabalhando para discutir a crise no país - sustentou Efraim Morais.
Na avaliação do presidente da CPI dos Bingos, o país não estaria vivenciando a atual crise política se a apuração das práticas de corrupção tivesse sido feita no ano passado, quando a imprensa divulgou as denúncias envolvendo Cachoeira e Diniz.
- Na pior das hipóteses, teríamos estancado a corrupção que vive hoje no Executivo e no Legislativo - avaliou Efraim, 1º secretário do Senado.
O senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) também acha que os trabalhos da comissão devem transcorrer normalmente durante o período de recesso parlamentar. Para ele, todos os depoentes devem ser ouvidos ainda no mês de julho.
- Devemos trabalhar sem receber ajuda de custo. Evidentemente que essa CPI só funcionará depois que um desses dois, Carlinhos Cachoeira ou Waldomiro Diniz, for ouvido. A partir daí, poderá ser elaborado um cronograma de trabalho. Eles têm que ser ouvidos o mais rápido possível. O governo é que deseja sempre protelar. E isso significa juntar problemas para o futuro - afirmou o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
O relator da comissão, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), explicou que a CPI dos Bingos já vem recebendo do Judiciário informações que requereu. Já o senador Romeu Tuma (PFL-SP) se disse "angustiado" com a demora na conclusão dos inquéritos abertos pela Polícia Federal para apurar as denúncias de corrupção que envolvem Waldomiro Diniz e Carlinhos Cachoeira. Por sua vez, o senador Magno Malta (PL-ES) afirmou que vai propor à comissão a convocação de um grupo de procuradores federais que há seis anos estuda a ocorrência de atos ilícitos no país.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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