Renan: PMDB deve assumir responsabilidade de garantir a governabilidade

Da Redação | 28/06/2005, 00h00

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, disse que o PMDB deveria assumir a responsabilidade de garantir a governabilidade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O senador fez a afirmação em evento de apoio ao Estatuto do Desarmamento e pela votação do decreto legislativo que regulamenta o referendo sobre a venda de armas de fogo, organizado nesta terça-feira (28) na Câmara dos Deputados por entidades de pais de jovens assassinados.

- É inadmissível que o PMDB recue nesse momento. Precisamos garantir a governabilidade. O partido não pode participar do governo quando está bem e fugir do governo quando está mal. Ter mais cargos ou menos cargos não é relevante e sim estabilizar o Brasil e defender a governabilidade, que é uma construção parlamentar. O fundamental é que o partido cumpra o seu papel e assuma a responsabilidade perante a história - afirmou.

O presidente do Senado disse que tem trabalhado pela união do PMDB e que a decisão final sobre a proposta do presidente da República para ampliar a participação do partido no governo deve refletir a posição de todas as correntes partidárias.

Renan disse, ainda, que o Congresso Nacional não sofre qualquer prejuízo em seu funcionamento normal por ter duas ou três comissões parlamentares de inquérito em funcionamento. Ele assinalou que, caso a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) seja votada a tempo, haverá recesso parlamentar e as CPIs continuarão seus trabalhos normalmente.

Em relação ao referendo sobre a comercialização de armas de fogo no Brasil, Renan lembrou que todos os países que optaram pela abolição das armas, tiveram como conseqüência a diminuição da violência e da criminalidade. Ele frisou que, no ano passado, 49 mil pessoas foram assassinadas no Brasil por armas de fogo, um número maior do que o de vítimas de acidentes de trânsito.

- Não tem sentido que 20 ou 30 deputados que pertencem à 'bancada da bala', evitem que a população decida sobre uma questão transcendental e polêmica como essa. O Estatuto do Desarmamento aprovou a proibição da venda de armas, mas essa proibição vai depender da sociedade, que vai dizer no referendo se concorda ou não com essa proibição - disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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