Antonio Carlos quer CPI no recesso

Da Redação | 28/06/2005, 00h00

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) cobrou, nesta terça-feira (28) a continuidade, durante o mês de julho, dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga as denúncias de corrupção nos Correios. Ele sugeriu que os senadores continuem a apuração, mesmo sem receber ajuda de custo.

- Se não houver CPI no recesso, não votaremos a Lei de Diretrizes Orçamentárias - avisou o parlamentar, referindo-se à LDO, uma lei anual que estabelece parâmetros para o orçamento. A Constituição determina que o Parlamento só pode iniciar o recesso depois de votar a LDO. Para o senador, a CPI dos Bingos também poderia funcionar em julho.

De acordo com Antonio Carlos Magalhães, a Controladoria-Geral da União, chefiada pelo ministro Waldir Pires, estaria dificultando os trabalhos da CPI dos Correios, já que estaria retendo os processo de licitação daquela estatal.

Em aparte, o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) disse que há um obstáculo regimental para que as CPIs funcionem durante o recesso, mas um acordo entre o Senado e a Câmara poderia resolver esse problema. Jefferson Péres, referindo-se à CPI dos Bingos, cujos integrantes foram indicados graças a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), questionou o que o sociedade pensará se a comissão não se instalar.

Tratoraço

Antonio Carlos Magalhães, retomando o discurso, cobrou do governo apoio às reivindicações dos agricultores brasileiros, que promovem nesta terça-feira um "tratoraço" em Brasília. Para o senador, o governo deve apoiar os produtores, e não "aqueles que atrapalham a produção".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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