Renan fará indicações para CPI dos Bingos se líderes não fizerem

Da Redação | 23/06/2005, 00h00

Ao final de reunião realizada na manhã desta quinta-feira (23), o presidente do Senado, Renan Calheiros, apelou aos líderes partidários para que indiquem, até as 16h de hoje, os senadores que integrarão a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar as ligações do ex-assessor parlamentar Waldomiro Diniz com o mercado de bingos. Caso os líderes não façam as indicações, Renan disse que o fará, cumprindo a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) decidida no dia anterior.

Na próxima terça-feira (28), o presidente do Senado terá nova reunião com as lideranças partidárias, para decidir quais efetivamente serão as CPIs que funcionarão durante o recesso. A maioria dos senadores deixou a reunião comentando a dificuldade de o Senado conduzir tantas CPIs ao mesmo tempo.

O líder do governo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), afirmou, ao sair da reunião, que sequer há senadores disponíveis para compor tantas CPIs. Já o líder da Minoria, senador José Jorge (PFL-PE), se disse preocupado por haver CPIs demais. Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM) admitiu, por sua vez, que o PSDB está aberto a discutir a idéia de se instalar a CPI dos Bingos mais tarde. Renan Calheiros disse que não há razão para apreensões:

- Não há nada que colabore para o entendimento de que vai haver dificuldade de investigação, absolutamente nada. Não vão faltar senadores. Não é verdade que a investigação atrapalhe o funcionamento normal das Casas. Nós temos como compatibilizar e eu vou compatibilizar. Esse argumento não vai preponderar para desmerecer ou desestimular a investigação. Pelo contrário, como presidente do Congresso e do Senado, vou demonstrar que é possível, sim, fazer quantas investigações forem necessárias fazer e o Congresso funcionar.

Renan Calheiros anunciou na reunião que, acatando o entendimento do STF, criará quantas CPIs forem requeridas dentro das normas existentes para que sejam instaladas. Mas ressalvou que sua responsabilidade se esgota aí, cabendo aos líderes e às bancadas reunir a maioria e instalar as CPIs. Renan disse ainda que não vai discutir a decisão do STF, mas cumpri-la imediatamente.

- Vamos criar as CPIs que forem necessárias e vamos botar o Congresso para funcionar. Compete a mim colocar o Congresso em funcionamento e eu vou fazer isso. Tenho compromisso com a governabilidade e tenho praticado esse compromisso. E todos nós também temos compromisso com a investigação e com as respostas que a sociedade quer - afirmou o presidente do Senado.

Indagado pela imprensa sobre o risco de as investigações não serem bem realizadas, Renan disse que não acredita nisso.

- A qualidade da investigação vai depender muito da sociedade, do acompanhamento da sociedade. Vamos fazer isso às claras, com transmissões diretas ao vivo e temos que investigar tudo. Não pode haver nenhuma dúvida. A sociedade cobra respostas, e nós temos que investigar.

Para Renan, se for o caso, a Câmara deve investigar as denúncias do pagamento de mesada a parlamentares. Segundo ele, há o entendimento, no Senado, que não há nenhum sentido para a quebra de decoro parlamentar de deputados ser investigada pelos senadores. De acordo com Renan, a denúncia está circunscrita à Câmara dos Deputados, sendo, portanto, natural que a Câmara investigue e dê as respostas que a sociedade está cobrando.

O presidente do Senado falou ainda sobre a reforma ministerial.

- Nossa posição é a mesma. Se o governo entender que é o caso de remodelar o papel do PMDB na governabilidade, proponha isso e o PMDB vai decidir institucionalmente. Vai reunir as bancadas, o conselho político, o diretório e decidir institucionalmente. O PMDB não quer mais espaço, não quer reforma. Acha importante debelar a crise e essa coisa de reforma ministerial não é problema nosso, é problema do governo.

Para Renan, se for o caso, a Câmara deve investigar as denúncias do pagamento de mesada a parlamentares. Segundo ele, há o entendimento, no Senado, que não há nenhum sentido para a quebra de decoro parlamentar de deputados ser investigada pelos senadores. De acordo com Renan, a denúncia está circunscrita à Câmara dos Deputados, sendo, portanto, natural que a Câmara investigue e dê as respostas que a sociedade está cobrando.

O presidente do Senado falou ainda sobre a reforma ministerial.

- Nossa posição é a mesma. Se o governo entender que é o caso de remodelar o papel do PMDB na governabilidade, proponha isso e o PMDB vai decidir institucionalmente. Vai reunir as bancadas, o conselho político, o diretório e decidir institucionalmente. O PMDB não quer mais espaço, não quer reforma. Acha importante debelar a crise e essa coisa de reforma ministerial não é problema nosso, é problema do governo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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