MST, UNE e outras entidades protestam contra a "desestabilização do governo"

Da Redação | 21/06/2005, 00h00

O presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu nesta terça-feira (21) dos representantes da Coordenação dos Movimentos Sociais, uma cópia da Carta ao Povo Brasileiro, em que entidades representativas da sociedade civil e organizações não-governamentais protestam contra a "desestabilização do governo", pedem a agilização da reforma política e a mudança da política econômica. Estavam presentes o presidente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile, o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) Gustavo Petta, além dos representantes de outras entidades.

- É insuficiente ficar no "denuncismo". Precisamos promover mudanças que ataquem as causas dos problemas que temos enfrentado, além de assegurar a governabilidade - pediu Stédile, referindo-se às denúncias de compra de votos de parlamentares feitas pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e de corrupção nas estatais.

Renan Calheiros enfatizou a necessidade de garantir a governabilidade sem deixar de investigar nenhuma denúncia. Garantiu também que está aberto a ouvir as idéias da sociedade. Recentemente o presidente do Senado encaminhou ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, um conjunto de propostas que buscam diminuir a burocracia estatal, reduzir a carga tributária e combater a corrupção.

Na carta entregue ao presidente do Senado, as entidades pedem também que o governo se afaste dos "setores conservadores" e das autoridades sobre as quais pesam denúncias de corrupção.  Assinam o documento o MST, a UNE, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), as Pastorais Sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e outras entidades, num total de 40 organizações.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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