Documentário da TV Senado é destaque no Programa do Jô

Da Redação | 10/06/2005, 00h00

O documentário Bidu Sayão, o Canto de Cristal, produzido pela TV Senado e exibido em março deste ano, foi destaque do Programa do Jô, da TV Globo, na última quinta-feira (9). Jô Soares recebeu para entrevista a diretora, Liloye Boubli.

Bidu Sayão, o Canto de Cristal, que nasceu a partir de sugestão do então presidente do Senado, José Sarney, é a primeira produção de documentário para a televisão sobre a vida e a obra da cantora lírica Bidu Sayão, uma homenagem da TV Senado ao centenário da soprano carioca que se consagrou principalmente na Europa e nos Estados Unidos.

Bidu Sayão foi uma das mais respeitadas artistas do Metropolitan Opera de Nova York. Ao longo de sua carreira, conviveu e trabalhou com as maiores personalidades artísticas do século 20, como o maestro Arturo Toscanini, um de seus grandes admiradores, Maria Callas, a pianista Guiomar Novaes e Carmem Miranda. Além disso, foi a parceira favorita de Villa-Lobos, numa carreira que durou 38 anos.

O "O Rouxinol Brasileiro", apelido que ganhou do escritor Mário de Andrade, iniciou seus estudos musicais no Rio de Janeiro e, aos 18 anos, fez sua estréia no Teatro Municipal da cidade. Iniciou sua carreira internacional na Romênia, e aperfeiçoou seu canto em Nice, na França. Seu nome está no rol dos grandes intérpretes líricos da Europa.

Entre idas e vindas, apresentou-se diversas vezes em palcos nacionais. Encerrou sua carreira artística em 1958. Em 1995, foi homenageada pela escola de samba carioca Beija-Flor. Faleceu em 1999, nos Estados Unidos, aos 96 anos. 

O documentário exigiu da equipe de produção da TV Senado um grande trabalho de pesquisa e resgate de material, incluindo acervos particulares, como fotos raras e imagens em película de apresentações da cantora nas décadas de 30 a 50, cedidos ou doados, em boa parte, por empresas e instituições americanas.

A carioca Liloye Boubli já produziu diversos filmes, entre eles o curta Tangerine Girl, adaptação de um conto de Raquel de Queiroz, além de O Guarda-Linhas e um documentário sobre o teatro Bolshoi, de Moscou. A cineasta trabalha na TV Senado, onde dirige programas especiais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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