Presidente do BNB diz que desigualdade entre NE e demais regiões diminuiu

Da Redação | 19/05/2005, 00h00

O presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Roberto Smith, disse, em audiência pública, na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), nesta quinta-feira (19), que houve uma estabilização das disparidades regionais entre o Nordeste e demais regiões do país. O processo de financiamento do desenvolvimento, iniciado com a criação da Sudene em 1959, foi responsável pelo surgimento de uma camada empresarial amadurecida, segundo Smith.

 - Quando assumi o banco, a agência de Barreiras era de pequeno porte; hoje é a que mais contrata no Nordeste - declarou Smith.

Na medida em que a economia brasileira passou a crescer, também começou um processo intenso de demanda de financiamento de longo prazo no Banco do Nordeste, disse Smith.  O número de operações do BNB cresceu de 25 mil para 173 mil, de 2003 para a 2004.

- Nós fizemos questão de acabar com essa visão de que o BNDES era cearense.E trabalhamos com todos os estados - declarou Roberto Smith.

Nas contratações do BNB, por setor da economia, tem predominado a área rural. O BNB é o segundo banco em volume de aplicações no setor rural. Smith afirmou que é necessário alterar a legislação para facilitar as operações de crédito no semi-árido, onde a instabilidade climática aumenta o risco do crédito para os Bancos.

Smith argumentou que outros fatores contribuem para a estabilização das desigualdades. O Nordeste, que, por falta de alternativas econômicas, sempre foi fator de expulsão de sua população, hoje começa a ter esse fluxo migratório invertido: o maior fluxo migratório ocorre de São Paulo para o Nordeste, informou o diretor do BNB. Ele também citou a estabilização demográfica, com a queda da taxa de fecundidade das mulheres e, portanto, menor taxa de natalidade, como um dado positivo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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