Paim defende fim do recesso parlamentar

Da Redação | 01/08/2003, 00h00

Mesmo avaliando positivamente o resultado do trabalho realizado durante a convocação extraordinária do Congresso Nacional, encerrada na véspera, o 1º vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), voltou a defender nesta sexta-feira (1º) proposta de sua autoria eliminado o recesso parlamentar de julho, que, se aprovada, acabaria com a necessidade de futuras convocações.

- A convocação foi realizada dentro da legislação em vigor, com o objetivo principal de agilizar a tramitação das reformas, que foi atingido. O Senado votou 102 projetos nesse período, e a Câmara também cumpriu a sua parte. Digo isso com a tranqüilidade de quem é autor de proposta em tramitação visando eliminar o recesso de julho, porque os parlamentares podem trabalhar aqui em Brasília e visitar as bases nos finais de semana. Com o avanço das companhias aéreas brasileiras, você pode chegar ao seu estado, no máximo em três ou quatro horas - afirmou.

Paim acredita na aprovação da sua proposta de emenda à Constituição ainda neste ano.

- Acho que há clima para passar, porque o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem maioria na Câmara e no Senado, é simpático a essa proposta, enquanto os governos anteriores não eram. Acredito que este é o momento adequado e que vamos aprovar ainda neste ano, e não teremos que passar por um certo constrangimento em julho do ano que vem - observou.

O senador também defende a eliminação do recesso parlamentar do mês de janeiro, mas apresentou inicialmente a emenda referente a julho para facilitar a tramitação. Ele entende que a aprovação de uma proposta facilitará a tramitação da outra.

IPI

O senador defendeu a proposta de redução do IPI para automóveis, desde que ela resulte em benefício para o mercado interno.

- Vivemos um momento de estagnação da economia, o governo tem que tentar reativar o mercado interno e concordo se o objetivo é fazer com que carros populares sejam vendidos com mais facilidade. Mas não se pode permitir que montadoras ganhem a redução do imposto e continuem aumentando os preços todo mês e demitindo. Elas devem contratar mais e reajustar os salários dos trabalhadores, até porque, sem melhorar a renda, quem vai comprar carros? - indagou.

Paim reafirmou que -o maior problema do nosso país hoje é o desemprego- e propôs que o governo dê prioridade a políticas geradoras de novos postos de trabalho, enfatizado que a reforma agrária é um caminho indispensável para chegar a este resultado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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