Teotônio quer regulamentar profissão de agente comunitário de saúde no âmbito do SUS

Da Redação | 01/07/2002, 00h00

Já está tramitando na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa, projeto do senador Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL) que cria a profissão de agente comunitário de saúde e regulamenta o exercício da função exclusivamente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O relator da proposta é o senador Ricardo Santos (PSDB-ES), cujo parecer deverá ser submetido à comissão logo após o período de recesso parlamentar.

Teotônio explica, na justificação do projeto, que a Presidência da República apresentou projeto com redação similar que tramita na Câmara dos Deputados. Dessa forma, esclareceu, será possível agilizar a aprovação do projeto nas duas Casas Legislativas.

Para o senador, o papel do agente comunitário de saúde é fundamental no trabalho de prevenção da saúde pública mantido pelo SUS, como estabelecido pelo Ministério da Saúde. A institucionalização da profissão irá permitir também, observa ele, acelerar a consolidação do Programa de Saúde da Família (PSF).

A estratégia do programa baseia-se na atuação de uma equipe composta por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários que ficam responsáveis por uma comunidade específica, desenvolvendo ações individuais e coletivas de proteção, promoção e recuperação da saúde a partir do núcleo familiar, detalhou o autor.

O agente comunitário, nesse contexto, informou Teotônio, representa o vínculo entre a equipe de saúde da família e a população sob sua responsabilidade, tendo em conta que ele é, necessariamente, um integrante da comunidade onde atua. Este é, inclusive, um dos requisitos constantes do projeto para o exercício da profissão, além de o candidato ter que concluir o ensino fundamental e curso de qualificação básica para a função, com conteúdo programático definido pelo Ministério da Saúde.

A proposição define, no entanto, que aqueles que já exercem a profissão e não tenham concluído o ensino fundamental no momento da aprovação da nova legislação terão o direito de continuar atuando e serão considerados agentes comunitários de saúde.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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