Greve dos petroleiros durou 32 dias

Da Redação | 24/05/2002, 00h00

Ocorrida entre maio e junho de 1995, a greve dos petroleiros foi a mais longa deflagrada no país por empregados de empresa estatal. Durou 32 dias e acabou com a demissão de 59 funcionários da Petrobrás, em sua maioria sindicalistas. Entre eles estava o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Antônio Carlos Spis. Foi a primeira grande mobilização enfrentada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, sendo reprimida com rigor pelo governo, inclusive com a ocupação, pelo Exército, de várias unidades da Petrobrás, como a Refinaria de Paulínia (SP), a maior do país. A greve foi por duas vezes considerada abusiva pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) duas vezes; A FUP foi multada na época em R$ 100 mil por dia não trabalhado.

Nenhuma das reivindicações - reajuste salarial entre 12% e 18%, reintegração dos demitidos no governo Collor e pagamento de dívidas trabalhistas - foi atendida pela Petrobrás. Durante a greve, chegou a faltar gasolina e gás de cozinha no mercado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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