Oposição quer que Comissão Representativa se pronuncie sobre denúncias contra Jader

Da Redação | 16/07/2001, 00h00

A senadora Heloísa Helena (PT-AL) e o deputado Geraldo Magela (PT-DF) encaminharam nesta segunda-feira (dia 16) requerimento ao presidente da Comissão Representativa do Congresso Nacional, senador Jader Barbalho (PMDB-PA), pedindo a convocação, ainda esta semana, de reunião da comissão para que esta se pronuncie sobre as denúncias envolvendo o nome de Jader. Segundo Heloísa Helena, a oposição não quer esperar o fim do recesso parlamentar para ouvir as explicações do senador a respeito das denúncias publicadas pela imprensa, a partir de relatório do Banco Central, segundo as quais o também presidente do Senado teria desviado recursos públicos quando governou o estado do Pará, na década de 80.

Outro requerimento entregue nesta segunda-feira à Secretaria-Geral da Mesa do Senado por Heloísa Helena e Magela pretende que a Comissão Representativa formalize requisição ao Banco Central para que este envie imediatamente uma cópia do relatório sobre as irregularidades verificadas no Banpará. "Para o Congresso, é inadmissível ter acesso a esses documentos apenas por meio das informações do jornalismo investigativo", explicou a senadora, em entrevista coletiva antes de protocolar os documentos.

No entender de Heloísa Helena, Jader, na condição de presidente da Comissão Representativa, deverá ter interesse em atender a solicitação e convocar rapidamente os deputados e senadores que integram o colegiado. Qualquer atitude protelatória, observou, "caracterizaria um fenômeno de culpabilidade perante a opinião pública". Para a senadora, o presidente "tem a obrigação moral de convocar a comissão em 24 ou 48 horas e prestar esclarecimentos, ainda que somente uma CPI tenha reais poderes investigatórios para esclarecer a verdade dos fatos".

Heloísa Helena voltou a apelar para os senadores da base governista no sentido de que forneçam "a 27ª assinatura para instalação de uma CPI que permita esclarecer em definitivo esse e outros episódios suspeitos". A senadora observou que, sem a autoridade para quebrar sigilos (bancário, fiscal, telefônico), convocar depoentes e realizar investigações, fica mais difícil estabelecer a verdade e as responsabilidades nessas denúncias.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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