CPI do Roubo de Cargas quebra sigilo de ex-piloto
Da Redação | 08/05/2001, 00h00
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o roubo de cargas em todo o país ouviu, nesta terça-feira (dia 8), o depoimento do ex-piloto de fórmula Truck, Gilberto Luiz Hidalgo, e do empregado de sua família, Claudionor Santos. Os dois foram presos no dia 20 de março, quando foram encontradas dezenas de carretas - várias delas adulteradas - e cargas roubadas em um terreno de propriedade de Gilberto, na altura do km 242 da rodovia Rio-Santos. A polícia também encontrou ali diversas placas e documentos de veículos roubados.
Gilberto, que foi solto por um habeas corpus, concorria até o ano passado com um caminhão Mercedes-Benz na fórmula Truck. Ele alegou que havia alugado parte de seu terreno de 30 mil metros quadrados a Márcio Lúcio Santos, que seria o verdadeiro responsável pelos veículos roubados e teria fugido.
O ex-piloto, que disse viver de seu trabalho como caminhoneiro, explicou que foi empresário e chegou a ter 350 carretas e a operar anualmente 16 mil containers no porto de Santos-SP. Ele relatou que, após ir à falência, passou a trabalhar apenas como caminhoneiro. Quanto a 70 semi-reboques que possuía em sua propriedade, Gilberto disse que estão em litígio na Justiça. Questionado pelo relator da CPI, deputado Oscar Andrade (PFL-RO), Gilberto caiu em várias contradições e chegou a ser advertido pelo presidente da comissão, Romeu Tuma (PFL-SP), de que poderia ser preso por mentir à CPI.
Ele não soube dizer o nome do dono de uma caminhonete F1000 que estava em seu poder quando foi preso. "Um rapaz me emprestou", afirmou. Acareados, Gilberto e Claudionor se complicaram em diversos momentos. Claudionor disse à CPI que trabalhava como mecânico na oficina do pai de Gilberto, José Hidalgo Ruiz. Já o ex-piloto disse que Claudionor era uma espécie de "curinga", que servia à loja de autopeças da família. Enquanto o funcionário disse que José Hidalgo não possuía frota de carretas e que a oficina consertava apenas caminhões de terceiros, Gilberto afirmou que "todos os consertos eram feitos em carretas da frota particular".
Além disso, ambos não souberam descrever a aparência de um suposto vigilante que faria a segurança do terreno de Gilberto e nem puderam especificar onde começava a parte da propriedade que estaria alugada. A CPI decidiu quebrar os sigilos telefônico, fiscal e bancário de Claudionor Santos e Gilberto Luiz Hidalgo, e ainda de seu pai, José Hidalgo Ruiz, e de sua irmã, Wânia Maria Hidalgo da Silva.
Gilberto, que foi solto por um habeas corpus, concorria até o ano passado com um caminhão Mercedes-Benz na fórmula Truck. Ele alegou que havia alugado parte de seu terreno de 30 mil metros quadrados a Márcio Lúcio Santos, que seria o verdadeiro responsável pelos veículos roubados e teria fugido.
O ex-piloto, que disse viver de seu trabalho como caminhoneiro, explicou que foi empresário e chegou a ter 350 carretas e a operar anualmente 16 mil containers no porto de Santos-SP. Ele relatou que, após ir à falência, passou a trabalhar apenas como caminhoneiro. Quanto a 70 semi-reboques que possuía em sua propriedade, Gilberto disse que estão em litígio na Justiça. Questionado pelo relator da CPI, deputado Oscar Andrade (PFL-RO), Gilberto caiu em várias contradições e chegou a ser advertido pelo presidente da comissão, Romeu Tuma (PFL-SP), de que poderia ser preso por mentir à CPI.
Ele não soube dizer o nome do dono de uma caminhonete F1000 que estava em seu poder quando foi preso. "Um rapaz me emprestou", afirmou. Acareados, Gilberto e Claudionor se complicaram em diversos momentos. Claudionor disse à CPI que trabalhava como mecânico na oficina do pai de Gilberto, José Hidalgo Ruiz. Já o ex-piloto disse que Claudionor era uma espécie de "curinga", que servia à loja de autopeças da família. Enquanto o funcionário disse que José Hidalgo não possuía frota de carretas e que a oficina consertava apenas caminhões de terceiros, Gilberto afirmou que "todos os consertos eram feitos em carretas da frota particular".
Além disso, ambos não souberam descrever a aparência de um suposto vigilante que faria a segurança do terreno de Gilberto e nem puderam especificar onde começava a parte da propriedade que estaria alugada. A CPI decidiu quebrar os sigilos telefônico, fiscal e bancário de Claudionor Santos e Gilberto Luiz Hidalgo, e ainda de seu pai, José Hidalgo Ruiz, e de sua irmã, Wânia Maria Hidalgo da Silva.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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