ACORDO COM FMI DEVE TER SÓ METAS, DEFENDE ACM

Da Redação | 09/03/1999, 00h00

O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, defendeu na manhã desta terça-feira (9) que a revisão do acordo do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI) contenha apenas as metas que o país se compromete a atingir para recuperar sua economia. Antonio Carlos é contra a inclusão de referências às ações e iniciativas com que o governo pretende realizar aqueles objetivos, como, por exemplo, a cobrança de previdência social dos militares.Com relação às metas estabelecidas, o senador entende que "se o governo aceitou, é porque acha que pode cumpri-las". Antonio Carlos não concorda, porém, com a inclusão, no documento, de referências que vão além do compromisso em torno dos objetivos a atingir. "Isso não é da conta do FMI", argumentou, ao lembrar as versões correntes dando conta de que a cobrança da previdência dos militares estaria citada no documento. "O FMI pode cobrar metas, mas a maneira de cumpri-las é nossa ", destacou.A necessidade ou não de esse novo compromisso passar pelo exame do Senado deverá ser determinada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Casa, que receberá pedido de parecer da Mesa Diretora, revelou Antonio Carlos. A dúvida é exatamente se o documento seria um novo acordo ou apenas uma revisão do que foi pactuado - e submetido ao Senado - no final do ano passado

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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