Especialistas dizem que aluguel de parte de satélite brasileiro não ameaça soberania nacional — Rádio Senado
Telecomunicações

Especialistas dizem que aluguel de parte de satélite brasileiro não ameaça soberania nacional

Uma parte do satélite brasileiro que começou a operar em maio será apenas alugada por cinco anos e não privatizada. A explicação foi dada no Senado em audiência pública nas comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) por representantes da Aeronáutica e da Telebrás, que também excluíram os riscos à soberania nacional. O senador Jorge Viana (PT–AC), autor do requerimento da audiência, quis saber se essa medida poderia prejudicar políticas públicas em escolas e hospitais, como o acesso à banda larga.

21/09/2017, 14h17 - ATUALIZADO EM 21/09/2017, 18h58
Duração de áudio: 01:56
As Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) realizam audiência pública conjunta para debater a privatização do recém-lançado satélite geoestacionário brasileiro. 

Mesa: 
comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Nivaldo Luiz Rossato; 
presidente da CRE, senador Fernando Collor (PTC-AL); 
presidente interino da Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebrás), Jarbas José Valente; 
diretor do Clube de Engenharia, Marcio Patusco Lana Lobo 

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: UMA PARTE DO SATÉLITE BRASILEIRO QUE COMEÇOU A OPERAR EM MAIO SERÁ APENAS ALUGADA POR CINCO ANOS E NÃO PRIVATIZADA. LOC: A EXPLICAÇÃO FOI DADA NO SENADO POR REPRESENTANTES DA AERONÁUTICA E DA TELEBRÁS, QUE TAMBÉM EXCLUIRAM OS RISCOS À SOBERANIA NACIONAL. DETALHES COM O REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) Senadores das Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e da Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática participaram de uma audiência pública para discutir a situação do satélite geoestacionário brasileiro lançado em maio. Ele foi fabricado pela empresa francesa Thales Alenia Space e é usado para comunicações e informações civis e militares. Foi o primeiro satélite encomendado pelo governo brasileiro a ser lançado depois da privatização da EMBRATEL. O governo anunciou um leilão para operadoras privadas de 57% dos direitos sobre o satélite. O senador Jorge Viana, do PT do Acre, autor do requerimento da audiência, quis saber se essa medida poderia prejudicar políticas públicas em escolas e hospitais, como o acesso à banda larga. (Jorge Viana) Essa concessão está sendo feita por falta de dinheiro, para concluir o projeto? (Repórter) O Presidente Interino da empresa estatal Telebrás, Jarbas Valente, explicou que o leilão não será de privatização ou de concessão. É um aluguel de canais do satélite que, segundo ele, não irá prejudicar os programas do governo para atendimento a comunidades carentes. (Jarbas Valente) Não é concessão. É simplesmente um aluguel da capacidade daquilo que nós não vamos fazer uso. O Comandante da Aeronáutica, Nivaldo Luiz Rossato, descartou qualquer risco à soberania do país com o aluguel. (Nivaldo Luiz) Nesse aspecto de soberania não existe problema nenhum por aluguel, até porque o canal que volta (...), o controle está todo dentro das nossas organizações. (...) Não existe interferência, porque (...) a criptografia é nossa. (Repórter) O satélite geoestacionário começou a ser construído em 2013 e custou mais de dois bilhões de reais.

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