Banheiros públicos podem ser obrigados a instalar torneiras automáticas para reduzir consumo de água — Rádio Senado
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Banheiros públicos podem ser obrigados a instalar torneiras automáticas para reduzir consumo de água

Os banheiros públicos podem ser obrigados a instalar torneiras automáticas para reduzir o consumo de água. O projeto (PLC nº 51/2014) com este objetivo é o primeiro item da pauta de votações da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado (CMA). No entanto, o texto não é consenso entre os parlamentares. Para o relator na Comissão de Meio Ambiente, senador Pedro Chaves (PSC – MS), o projeto é inconstitucional, pois caberia à prefeitura decidir sobre a liberação do “habite-se”. Já o senador Telmário Mota (PDT – RR) observa  que a matéria foi aprovada pelas Comissões de  Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ) e de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), além da Câmara dos Deputados.

17/10/2016, 12h07 - ATUALIZADO EM 17/10/2016, 12h20
Duração de áudio: 02:18
Jefferson Rudy / Agência Senado

Transcrição
LOC: OS BANHEIROS PÚBLICOS PODEM SER OBRIGADOS A INSTALAR TORNEIRAS AUTOMÁTICAS PARA REDUZIR O CONSUMO DE ÁGUA. LOC: O PROJETO COM ESTE OBJETIVO É O PRIMEIRO ITEM DA PAUTA DE VOTAÇÕES DA COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONSUMIDOR E FISCALIZAÇÃO E CONTROLE. NO ENTANTO, O TEXTO NÃO É CONSENSO ENTRE OS PARLAMENTARES. REPÓRTER GEORGE CARDIM. LOC: O projeto obriga a instalação de torneiras automáticas em todos os banheiros públicos, como os de rodoviárias, escolas, locais de trabalho e shoppings. O dispositivo mecânico ou eletrônico corta o fluxo da água depois de certo tempo e pode reduzir o consumo em até 70 por cento. Pelo texto, a obrigação passa a valer para os edifícios construídos a partir da publicação da lei e quem desrespeitar a regra fica impedido de receber o “habite-se”, documento que libera a ocupação dos imóveis. No entanto, a proposta não é consenso entre os parlamentares. O relator na Comissão de Meio Ambiente, senador Pedro Chaves, do PSC de Mato Grosso do Sul, argumentou que o projeto é inconstitucional, pois caberia à prefeitura decidir sobre a liberação do “habite-se”. O presidente da CMA, senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, concordou com o argumento. (Otto) “Na verdade, a Constituição veda a interferência nas atribuições administrativas do município, que é fornecer "habite-se". É a mesma coisa que oferecer alvará” (Cardim). Já o senador Telmário Mota, do PDT de Roraima, pediu mais tempo para analisar a proposta e observou que a matéria foi aprovada pelas Comissões de Constituição e Justiça e de Desenvolvimento Regional do Senado, além da Câmara dos Deputados. O senador Wellington Fagundes, do PR de Mato Grosso, lembrou que a iniciativa busca evitar desperdício de água potável e prevenir o risco de falta de abastecimento. (Wellington) “O crescente déficit de água potável, que já afeta grande parte das médias e grandes cidades brasileiras, impõe medidas de restrição ao desperdício desse insumo essencial. As torneiras de banheiros públicos são particularmente sensíveis ao desperdício, uma vez que o usuário não é o responsável pelo pagamento da água que utiliza” (Cardim) A matéria é o primeiro item de votação da pauta da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle. Da Rádio Senado, George Cardim. PLC 51/2014

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