OMS solicita ações que garantam saúde mental do trabalhador — Rádio Senado
Saúde Mental

OMS solicita ações que garantam saúde mental do trabalhador

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do trabalho (OIT) divulgaram publicações com diretrizes para a melhoria da saúde mental dos trabalhadores e a manutenção de um ambiente de trabalho benéfico. Problemas como ansiedade e depressão causados por assédio moral provocam afastamento dos trabalhadores, gerando prejuízos sociais e financeiros. Estão em exame no Senado projetos com o intuito de combater o assédio moral no ambiente de trabalho.
PL 1521/2019
PL 4525/2021

29/09/2022, 17h08 - ATUALIZADO EM 29/09/2022, 17h45
Duração de áudio: 02:43
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Transcrição
A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE E A ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO  DIVULGARAM DIRETRIZES PARA A CONCRETIZAÇÃO DE AÇÕES VISANDO À MELHORIA DA SAÚDE MENTAL DOS TRABALHADORES. A OMS CALCULA QUE, NO MUNDO, 15% DOS TRABALHADORES SOFRAM COM TRANSTORNOS MENTAIS.  REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO: A estimativa da Organização Mundial da Saúde é de que, anualmente, 12 bilhões de dias de trabalho sejam perdidos por desequilíbrios na saúde mental dos trabalhadores, como depressão e ansiedade, custando à economia global quase US$ 1 trilhão. Segundo a OMS, o bullying e o assédio moral estão entre as principais queixas dos trabalhadores. Um trabalhador exposto a esse tipo de ambiente de trabalho pode ter a saúde mental prejudicada. Para chamar atenção sobre o tema, a OMS, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho, lançou recentemente duas publicações com diretrizes para enfrentar os riscos à saúde mental. Esta é primeira vez que a OMS aconselha o treinamento de gestores para que sejam capazes de prevenir ambientes de trabalho estressantes e responder aos trabalhadores em sofrimento. Propostas em análise no Senado pretendem combater o assédio moral no ambiente de trabalho. Uma delas, em análise na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, torna crime o assédio moral, com pena de um a dois anos de detenção e multa. Outra proposição, de iniciativa do senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, caracteriza o assédio moral na administração pública como ato de improbidade administrativa. O senador argumenta que, apesar de o servidor ou empregado público estar protegido pela estabilidade no cargo, não tem a proteção adequada da Lei contra assédio moral. Para Paim, é preciso que haja respeito no ambiente de trabalho: Esse projeto, que vai melhorar a relação entre o que está acima do funcionário. Tem que ter respeitos iguais entre todos. Ninguém pode cometer um ato sobre o seu subordinado que seja considerado assédio moral, senão será punido pela dureza da lei. O assédio moral é descrito pelo Tribunal Superior do Trabalho como a exposição da pessoa a situações humilhantes e constrangedoras no ambiente de trabalho, de forma repetitiva e prolongada, no exercício de suas atividades. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro

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