CRE aprova nome para embaixador em Omã

Da Agência Senado | 12/12/2023, 16h11

Por unanimidade, a Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou nesta terça-feira (12) a condução do diplomata Alfredo Cesar Martinho Leoni para o cargo de embaixador no Sultanato de Omã. A indicação (MSF 38/2023) foi relatada pelo senador Chico Rodrigues (PSB-RR) e agora será analisada pelo Plenário.

Alfredo Cesar Martinho Leoni nasceu em Bauru (SP) em 1956 e formou-se em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1979. Ele ingressou no Instituto Rio Branco (IRBr) — unidade de formação da carreira de diplomata, do Ministério das Relações Exteriores — em 1980 e, em 2005, concluiu o curso de Altos Estudos da instituição.

Entre 2009 e 2015, o indicado foi embaixador no Paquistão, no Afeganistão e no Tajiquistão. Depois disso, ele representou o Brasil na embaixada na Polônia até 2018. Atualmente, Alfredo Leoni é chefe da assessoria de relações internacionais no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Comércio

O comércio entre os dois países totalizou mais de US$ 2,2 bilhões em 2022 com as exportações brasileiras tendo representado cerca de US$ 1 bilhão. Os principais produtos brasileiros exportados para o Omã foram o minério de ferro e a carne de aves, enquanto que as principais mercadorias omanis importadas pelo Brasil foram adubos e fertilizantes, seguidos de óleos e combustíveis.

Durante a sabatina, Alfredo Leoni afirmou que a pesença da indústria mineradora brasileira, que atua no país asiático desde 2011, foi fundamental para a ampliação do mercado para o Brasil no Oriente Médio. Ele também apontou que uma de suas prioridades será garantir o avanço das exportações de minérios e de aves. 

— As relações tiveram um avanço enorme com a chegada em Omã da Vale. A presença da Vale transformou as relações bilaterais. Omã abriu o mercado para a Vale no Oriente Médio e, por isso, a Vale está se expandindo. Uma das coisas que pretendo fazer é favorecer a expansão da Vale. A Vale quer agora passar a produzir o chamado pelotas verdes, minério de ferro enriquecido, mas com 15% a menos de emissão de carbono. Outra empresa brasileira que está em Omã é a Embraer. A importância da embaixada é muito grande porque é um facilitador para a expansão dos negócios. [...] Pretendo conseguir certificados sanitários para facilitar a ampliação da exportação — disse.

Sultanato de Omã

No extremo sul da Península Arábica, o Sultanato de Omã segue um sistema de governo monarquista com parlamento bicameral. A população omani é de aproximadamente 4,8 milhões de pessoas, das quais mais de 40% são expatriados, ou seja, não nasceram no país.

As relações diplomáticas com o Brasil começaram em 1974, ano da criação da embaixada brasileira no sultanato. Na época, a representação brasileira em Omã funcionava cumulativamente com a na Arábia Saudita. A embaixada em Mascate, capital omani, foi instalada em 2008.

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)