Pacheco condena terrorismo e manifesta solidariedade com vítimas da guerra

Da Agência Senado | 10/10/2023, 17h49 - ATUALIZADO EM 10/10/2023, 18h50

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, condenou os ataques terroristas e manifestou sua solidariedade às vítimas da guerra entre Israel e Palestina. Ao abrir a ordem do dia do Plenário nesta terça-feira (10), Pacheco disse que o Senado condena “de maneira veemente esses atos de violência e barbárie”. Para o presidente, ataques terroristas contra civis, jovens, mulheres, crianças e famílias inteiras não encontram o menor indício de legitimidade, qualquer que seja a causa defendida por um grupo ou uma nação.

— Ataques indiscriminados contra civis são ações de selvageria que violam os princípios mais básicos do direito internacional e da dignidade humana — registrou.

Pacheco definiu a guerra entre Israel e Palestina como uma tragédia humanitária. Ele afirmou repudiar “de forma enfática” o sequestro de reféns e disse esperar que todos sejam libertados. Pacheco manifestou esperança de que as brasileiras Karla Stelzer Mendes e Celeste Fishbein sejam encontradas com vida e saudáveis.

O presidente do Senado também demonstrou solidariedade com as famílias de Ranani Glazer e Bruna Valeanu, “jovens brasileiros que estavam se divertindo e foram atacados e mortos pelo terrorismo”. Ele ainda se solidarizou com a população de Israel e da Palestina, “que sofre pelo medo e pela falta de segurança, por viverem em uma zona de guerra”.

— O Senado manifesta seu absoluto repúdio contra qualquer tipo de violência e defende a solução pacífica dos conflitos. Somente por meio do diálogo e da negociação será possível conseguir a paz tão desejada por todos. Não precisamos de mais guerras — ressaltou Pacheco.

Na visão do presidente, a comunidade internacional deve envidar todos os esforços pela paz entre Israel e Palestina, para evitar uma escalada maior do conflito. Ele reafirmou o posicionamento do Senado em condenar o terrorismo em todas as suas formas e em apelar pelo fim dos ataques e pela busca de uma solução pacífica e duradoura. Pacheco ainda elogiou os esforços da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Ministério da Defesa na operação de repatriar brasileiros que estão em Israel e na Palestina.

O líder da oposição, senador Rogerio Marinho (PL-RN), elogiou “a posição firme e inequívoca” de Pacheco. Para Marinho, o governo deveria seguir o exemplo do Senado. O senador classificou como “barbárie” os ataques que atingem crianças e mulheres inocentes. “Os covardes que se escondem atrás dos civis estão conseguindo seus objetivos, o que é ruim para a humanidade como um todo”, afirmou.

O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) disse que a posição de Pacheco não deixa dúvidas sobre “os episódios atrozes” que ocorreram entre Israel e Palestina.

— A voz do presidente Pacheco posiciona o Parlamento brasileiro no repúdio a esses atos terroristas e, portanto, inaceitáveis — avaliou Veneziano, que ainda elogiou a rápida reação do governo do presidente Lula em resgatar brasileiros na região de guerra.

Posição do governo

O líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), também manifestou apoio à posição de Pacheco, que é "coincidente com a posição do governo e com a tradição da nossa diplomacia". Ele lembrou que o governo já se posicionou condenando os ataques e relatou que, como presidente atual do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil já convocou uma reunião para tratar da guerra. Para o senador, a ONU deveria nomear o cessar-fogo imediato e impor uma mesa de negociação.

Jaques Wagner ainda destacou os esforços do governo, por meio da FAB e do Ministério da Defesa, ao ofertar 4 voos para transportar mais de 900 brasileiros em segurança da região da guerra até o Brasil. O senador acrescentou que, se houver novas demandas, o governo vai trabalhar na repatriação de mais brasileiros que desejarem sair da região. Ele também lamentou o fato de os ataques atingirem tantos inocentes, que vão de crianças a idosos e pessoas com deficiência.

— O terrorismo é abominável sob todos os aspectos. É covarde e insano — concluiu.

Solidariedade

Já no início da noite, o Plenário do Senado aprovou um voto de solidariedade a Israel e de repúdio ao ataque promovido pelo grupo Hamas. O requerimento (RQS 896/2023) foi apresentado pelo senador Magno Malta (PL-ES) e outros senadores. Ele disse lamentar “o apoio da esquerda do mundo” ao Hamas e disse que o resgate de brasileiros é obrigação do governo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)