Rogerio Marinho critica discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU

Da Agência Senado | 20/09/2023, 11h51

O senador Rogerio Marinho (PL-RN) criticou, em pronunciamento no Plenário na terça-feira (19), discurso do presidente Lula na abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA). Segundo ele, a fala de Lula foi semelhante ao seu primeiro mandato, pois olha para o passado da história e culpa seus antecessores, além de usar palavras de ordem “como se estivesse em uma assembleia de metalúrgicos”.

Para o senador, Lula enxerga o mundo de maneira peculiar, especialmente ao criticar o embargo americano contra Cuba sem fazer nenhuma ressalva às violações rotineiras contra a liberdade e os direitos humanos naquele país. Marinho também questionou a postura do presidente Lula em relação a conflitos internacionais, como o da Rússia e Ucrânia.

— Como pode se falar em democracia e liberdade colocando como exemplo Cuba, que persegue os seus opositores, que leva para o presídio, para o encarceramento, os inimigos do regime e que tem protagonizado, ao longo dos últimos anos, espetáculos deprimentes de legiões de cubanos, de habitantes daquele país fugindo de Cuba, justamente buscando uma vida melhor em outros países? É esse o modelo de democracia relativa que o presidente Lula nos apresenta como paradigma, como exemplo a ser seguido?

O parlamentar acrescentou que Lula diz ao mundo que defende a liberdade, mas na verdade o governo está “aparelhando a máquina pública e impedindo que as pessoas possam exercitar a crítica, a divergência, a liberdade de opinião”. Marinho ainda criticou o que chamou de diálogo Sul-Sul, pois, segundo ele, o Brasil está se voltando apenas para países que têm convergência ideológica com o regime atual.

— Espero que possamos virar essa página, que o Brasil possa olhar para o futuro, que os nossos governantes acabem com essa vontade ou com essa volúpia de calar quem pensa ou quem se expressa da maneira diferente do establishment, do convencional, daqueles que estão atualmente governando o Brasil ­— concluiu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)