Girão diz que Foro de São Paulo atenta contra a soberania brasileira

Da Agência Senado | 15/06/2023, 13h12

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) registrou, em pronunciamento em Plenário nesta quinta-feira (15), que apresentou requerimentos para convocar os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para prestar esclarecimentos sobre a realização da 26ª edição do Foro de São Paulo, em Brasília, nos dias 29 de junho a 2 de julho. O senador destacou que o evento receberá representantes de partidos "que defendem ditaduras", como o Partido Comunista de Cuba, Partido Socialista Unido da Venezuela e a Frente Sandinista de Libertação Nacional, do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega.

— O Foro de São Paulo foi criado por Fidel Castro e Lula. A primeira reunião foi em São Paulo, a convite do PT, no chamado encontro de partidos e organizações de esquerda da América Latina e do Caribe, para ser uma frente de partidos políticos e organizações de esquerda com o objetivo de promover a pátria grande bolivariana com a integração latino-americana no aspecto econômico, político e cultural — disse.

Os objetivos do Foro de São Paulo, na opinião do senador, atentam contra a soberania brasileira. Para ele, o Brasil é visto como a "galinha dos ovos de ouro", por sua dimensão continental e pujança econômica, "financiando projeto de poder da esquerda na América Latina com recursos públicos".

Girão citou matéria publicada na revista Veja, intitulada "Conheça o Foro de São Paulo, o maior inimigo do Brasil", na qual o jornalista Felipe Moura Brasil destaca o Foro de São Paulo como a mais vasta organização política da América Latina e uma das maiores do mundo. Segundo Girão, o Foro inclui ”organizações vinculadas ao narcotráfico a indústria dos sequestros”.

Ele lembrou que na primeira reunião do Foro, em 1990, além dos países de esquerda da América do Sul e Central, também participaram representantes de grupos que ele classificou como terroristas, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o ELN (Exército de Libertação Nacional), da Colômbia, e o Sendero Luminoso, do Peru.

— O Senado tem a obrigação de ter um posicionamento firme perante essa articulação política que pretende fortalecer uma ameaça ao desenvolvimento do Brasil. Conclamo os brasileiros com uma visão de mundo mais à esquerda, mas que estão chocados com a crescente inversão de valores em curso, pautada por razões puramente ideológicas, gerando uma crise moral sem precedentes — declarou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)