Ana Amélia convoca classe política à solução para a crise dos caminhoneiros

Da Redação | 24/05/2018, 13h44

Em discurso nesta quinta-feira (24), a senadora Ana Amélia (PP-RS), convocou a classe política do Executivo e do Legislativo a pensar numa solução para a crise desencadeada pelo movimento grevista dos caminhoneiros, que está paralisando o país. O desabastecimento de alimentos e de combustíveis, com prejuízos para os produtores e a população, já está chegando a níveis críticos em todos os estados, alertou.

Na opinião da parlamentar, a escalada no preço dos combustíveis, que gerou a paralisação, é consequência da política artificial de manutenção do preço baixo, praticada até 2014 com “vistas à eleição” pelo governo anterior. A interferência política na Petrobras é, segundo Ana Amélia, inoportuna e inadequada, mas uma solução precisa ser discutida.

Para a senadora, um debate precisa ser iniciado, seja sobre a quebra do monopólio da Petrobras, pois a concorrência melhoraria os preços do combustível, seja sobre a transparência na formação dos preços cobrados para buscar um equilíbrio, para nem quebrar a empresa, nem prejudicar a população.

— Não podemos demorar na decisão, o Senado não pode ficar de briga de vaidades, que a Câmara está atropelando. Não se trata de atropelar ou não. Aqui nessa Casa, como na Câmara ou em qualquer casa política a tal vontade política prevalece nas horas de emergência e urgência, e é esse o caso, o Brasil está parando. Voos não saem de Brasília por falta de combustível, e isso é inédito no país. A emergência exige das classes políticas, dos seus líderes, do Presidente da Republica, dos ministros, uma reação adequada a essa gravidade — disse.

Ana Amélia disse ainda que o país caminha com imprevisibilidade e falta de planejamento e tem levado a população a acreditar que o Estado sempre pode tudo, o que não é verdade porque faltam recursos, disse. A senadora ressaltou entender e apoiar a inquietação dos líderes manifestantes, transportadores que sofrem com os altos reajustes do diesel. Ela mencionou movimento semelhante ocorrido em 2015 e a reação considerada extremada do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, que prendeu líderes à época, posicionamento que não foi repetido pelo governo de Michel Temer.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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