Debates da Comissão Senado do Futuro ajudaram a orientar a votação de projetos

Da Redação | 27/12/2017, 09h27

Crise hídrica nos estados, falta de investimento em energia solar e aumento da contribuição previdenciária dos servidores públicos federais foram alguns dos temas que receberam atenção da Comissão Senado do Futuro (CSF) ao longo de 2017. O presidente do colegiado, senador Hélio José (Pros-DF), considerou o ano produtivo, com a realização de 11 audiências públicas, que ajudaram a orientar os senadores na votação e análise de projetos sobre assuntos de interesse nacional.

- A Comissão é plural. E tudo que está no horizonte e indica um futuro melhor é de nosso interesse. Houve uma série de ações no ano que nos permitiram orientar as ações nessa Casa - afirmou o parlamentar, ao fazer um balanço das atividades da CSF.

Previdência

Em relação à reforma da Previdência, o senador classificou de vexame a tentativa do governo de aumentar a contribuição previdenciária do servidor público. Segundo ele, o governo de Michel Temer “tem caçado e perseguido de forma doentia os servidores”.

- Debatemos muito na comissão a situação do funcionalismo. Só a MP 800, que eleva a alíquota previdenciária, vai retirar mais de R$ 2 bilhões dos servidores, em vez de cobrar dos grandes devedores que não pagam a Previdência. Nós, os servidores públicos, estamos sendo massacrados – afirmou.

Água

Sobre a crise hídrica, Hélio José lembrou que o Brasil tem um dos maiores cursos de água doce do mundo e não pode conviver com essas constantes crises de abastecimento.

- Brasília, por exemplo, tem racionamento semanal de água, com transtorno grande para a população, isso por falta de planejamento adequado – opinou.

Energia solar

Outra questão objeto de debates foi a falta de investimento em energia solar. O presidente da comissão lembrou que o Brasil vive uma situação inusitada. Segundo ele, a maioria dos países querem ter na mão do governo o controle da matriz energética, mas o Brasil está na contramão, querendo entregar o controle do sistema elétrico, por meio de privatizações.

- O Brasil tem o maior controle integrado de energia elétrica do mundo.  A energia consumida no Rio Grande do Sul pode ser a produzida no Amazonas. O risco de isso cair na mão de alguém que não seja nacionalista ou que não tenha interesse no desenvolvimento do país é grande. Esse foi um dos temas discutidos pela comissão – lembrou.

Ainda segundo o senador, que é engenheiro, quando deixa de investir na energia solar, o governo brasileiro perde a chance de gerar emprego, de recuperar a economia e ainda poupar o meio ambiente.

Outros temas

O parlamentar lembrou ainda uma série de outras discussões feitas pela comissão em 2017, como a organização dos condomínios residenciais no Brasil, as rádios comunitárias, a regulamentação da profissão de bombeiro civil, as cidades sustentáveis e a participação da juventude na política.

Com 11 titulares e 11 suplentes, a CSF tem a tarefa de promover discussões sobre grandes temas e o futuro do País, bem como aprimorar a atuação do Senado nessas questões.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)