Senado entregará Diploma Bertha Lutz no Dia Internacional da Mulher

Da Redação | 15/02/2017, 18h36

O Senado entrega no dia 8 de março o Diploma Bertha Lutz a mais cinco mulheres que contribuíram para a defesa dos direitos das mulheres e questões de gênero no Brasil. A premiação ocorrerá durante sessão solene do Congresso Nacional em que também será comemorado o Dia Internacional da Mulher.

A premiação, que ocorre anualmente, recebe o nome da deputada federal Bertha Maria Júlia Lutz (1894-1976), uma das pioneiras do feminismo no Brasil e líder na luta pelos direitos políticos igualitários. Ela se empenhou pela aprovação da legislação que deu às mulheres o direito de votar e de serem votadas.

A escolha das cinco agraciadas foi feita pelo Conselho do Diploma, presidido pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS), e composto por um senador de cada partido com assento no Senado.

Nesta edição, serão agraciadas Denice Santiago Santos do Rosário, Diza Gonzaga, Isabel Cristina de Azevedo Heyvaert, Raimunda Luzia de Brito e Tatiane Bernardi Teixeira Pinto.

Instituída pelo Senado em 2001, a premiação chega à 16ª edição tendo homenageado 79 mulheres de ­várias áreas de atuação. Entre elas, a farmacêutica Maria da Penha, que inspirou a aprovação da Lei Maria da Penha; Zilda Arns, que foi coordenadora da Pastoral da Criança; a presidente da República, Dilma Rousseff; e a ex-senadora Emília Fernandes, autora do projeto que deu origem à premiação. Em 2016, pela primeira vez foi agraciado um homem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. Quando presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2014, ele lançou a campanha publicitária Mais Mulheres na Política. Também ajudou a conceber a ideia publicitária “Todo poder às mulheres”, defendendo condições que favoreçam a maior participação feminina em todas as instâncias de poder e de ­atuação na sociedade.

A entrega faz parte da programação do Senado comemorativa do Dia Internacional da Mulher. Também estão previstos eventos voltados para os públicos interno e externo, promovidos pelo Comitê pela promoção da Igualdade de Gênero e Raça e Comitê Pró-Equidade, ligados à DGER, Procuradoria da Mulher do Senado, Observatório da Mulher contra a Violência e Secretaria da Mulher da Câmara.


Denice Santiago Santos do Rosário Natural de Salvador, é bacharel em Segurança Pública pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e em Psicologia pela Faculdade da Cidade de Salvador. É também mestre em Desenvolvimento Territorial e Gestão Social. Major da Polícia Militar da Bahia, é idealizadora e fundadora do Centro Maria Felipa — primeiro núcleo de gênero da Polícia Militar no país, responsável por garantir às policiais gestantes que não mais fossem escaladas em serviço operacional. É Comandante da Operação Ronda Maria da Penha, uma guarnição voltada para prevenir a violência contra a mulher diariamente, que zela por mais de 600 mulheres que são vítimas da violência doméstica na capital baiana. Durante as ações, policiais se revezam em visitas surpresa a mulheres que recorreram à Justiça para manter agressores à distância.
Diza Gonzaga Após perder o filho de 18 anos, Thiago de Moraes, em um acidente de carro, a arquiteta gaúcha Diza Gonzaga criou a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga, que desenvolve programas educativos, culturais e informativos direcionados a crianças, adolescentes, jovens e adultos para promover a humanização no trânsito. A fundação presidida por Diza Gonzaga é responsável pelo programa “Vida Urgente”, um conjunto de ações que visam promover a preservação e valorização da vida, mobilizando a sociedade através de ações para uma mudança de comportamento que resulte em um trânsito mais humano e seguro.
Isabel Cristina de Azevedo Heyvaert Natural de Aimorés (MG), formou-se em Administração de Empresas pela Universidade de Brasília (UnB). Em 1984, foi aprovada para o Curso de Formação de Diplomatas do Instituto Rio Branco, tendo se formado em 1986. Atualmente Isabel Cristina Heyvaert desempenha as funções de embaixadora do Brasil junto à República da Sérvia e junto a Montenegro. Foi embaixadora do Brasil junto à Etiópia e Observadora junto à União Africana.
Raimunda Luzia de Brito Educadora com forte participação em movimentos sociais em favor de mulheres e negros. Nascida em Aquidauana (MS), é graduada em Direito, mestra em Serviço Social e doutora em Ciência da Educação. Foi professora durante 29 anos na Universidade Católica Dom Bosco. Fundou e presidiu a Associação Goiana dos Estudantes do Mato Grosso. Foi presidente do projeto Coletivo de Mulheres Negras do estado do Mato Grosso do Sul, que tem como objetivo a comunicação, informação e monitoramento das políticas públicas na área da saúde da população negra, com ênfase na saúde da mulher.
Tatiane Bernardi Teixeira Pinto A escritora paulista Tati Bernardi ficou conhecida por tratar de relacionamentos, mercado de trabalho, política e feminismo. É colunista fixa do caderno Cotidiano do jornal Folha de S. Paulo e autora/roteirista contratada da Rede Globo, há oito anos. Bernardi colaborou com novelas, como “Vida da Gente” (2012), e seriados como “Aline”, além de programas de auditório como “Amor & Sexo”. Escreveu os livros A mulher que não prestava e Tô com vontade de alguma coisa que eu não sei o que é, pela Panda Books, e os romances infanto-juvenis A menina da árvore e A menina que pensava demais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)