Lindbergh Farias defende estudo que questiona Reforma da Previdência
Da Redação e Da Rádio Senado | 14/02/2017, 17h10
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) elogiou nesta terça-feira (14) o teor do documento "Previdência, reformar para excluir?", que desmonta, na opinião dele, a tese usada pelo governo para justificar a proposta de Reforma da Previdência.
Elaborado pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o documento mostra que o gasto com a Previdência, em 2015, foi de R$ 486 bilhões, enquanto o governo usou, no mesmo período, R$ 505 bilhões para pagar os juros da dívida pública.
Lindbergh Farias destacou os pontos do documento que questionam a "criminalização da longevidade" e as fontes atuais de financiamento do sistema previdenciário.
Segundo o senador, é importante que haja mudança nas regras de financiamento, especialmente numa sociedade que se encaminha para a automação do emprego e para a extinção de postos de trabalho.
— Nós estamos entrando na quarta revolução industrial. Aqui é biotecnologia, robótica. Nós vamos ter a diminuição dos postos de trabalho. Nós não podemos sustentar a Previdência do futuro com base apenas na contribuição de trabalhadores e empregadores. É fundamental a participação do governo.
No que se refere ao argumento de que a Previdência Social é deficitária, o estudo da Anfip e do Dieese revela que, ao longo dos últimos anos, com exceção de 2016, o sistema foi superavitário, destacou o senador.
Lindbergh desafiou o governo a divulgar os dados que sustentam a tese oficial de que a Previdência é deficitária, pois há desconfiança de que os números são imprecisos para fazer as projeções pessimistas.
Na sua opinião, o governo, com a reforma, quer apenas reduzir gastos e retirar direitos dos trabalhadores.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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