Segurança alimentar e sustentabilidade dominam debates do Congresso do Futuro

Da Redação | 08/12/2016, 19h58

O primeiro dia de debates do 1º Congresso do Futuro, realizado nesta quinta-feira (8), foi marcado por palestras que abordaram a sustentabilidade e a agenda pública para o ano 2030, além de desafios em segurança alimentar a políticas públicas para a saúde.

Alfredo Pena-Vega, sociólogo e pesquisador do Centro Edgar Morin, falou sobre os desafios para o futuro, e destacou as propostas para mudar o planeta elaboradas por 380 pesquisadores, distribuídos em 50 universidades de diversos países.

— Uma das questões que acreditamos ter grande urgência é a necessidade de criação de um tribunal mundial para condenar crimes econômicos. Eles têm derrubado as economias e os governos no mundo e é preciso fazer algo para que isso não aconteça mais — disse.

No painel que tratou sobre segurança alimentar, a professora de Relações Internacionais na New School, em Nova York, Sakiko Fukuda-Parr, foi enfática ao declarar que “a fome não significa falta de comida, mas falta de acesso à comida". Segundo ela existe suficiente produção de alimentos, mas eles não são escoados ou tratados de forma economicamente viável e inteligente para chegar até as pessoas.

Sakiko Fukuda-Parr, que é uma das principais autoridades em desenvolvimento humano e autora do relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), afirma que os alimentos geneticamente modificados, que tanto são atacados no mundo rico, são a esperança de acabar com a fome nos países mais pobres.

— O mundo em desenvolvimento precisa destas tecnologias o mais depressa possível e os países europeus e os grupos ambientalistas estão a atrasar tudo. Não precisamos pagar menos pela comida, nem necessitamos verdadeiramente de tomates que não apodrecem. Mas há países que têm de enfrentar escassez de alimentos, secas repetidas e veem as colheitas fracassarem todos os anos — alertou.

Sobre o painel que tratou de políticas públicas para saúde, M. Ramesh chamou atenção ao pontuar que os governos precisam concentrar-se simultaneamente nos aspectos da oferta e procura dos cuidados de saúde.

- A gestão do setor da saúde é bem complexo, como todos sabem, os governos precisam desenvolver sua capacidade política analítica e gerencial, se quiserem gerenciar o setor, primordial para a população do mundo inteiro - afirmou.

Programação

Nesta sexta-feira (9) o Congresso do Futuro abordará temas relacionados à educação, ciência e inovação dofuturo; O futuro da comunicação e seu impacto nas relações humanas, democracia representativa no mundo digital. Dentre os palestrantes estão Marcelo Tas, Gabriela Mafort, Kishore Singh e Cristóvam Buarque.

Mais informações sobre a programação e palestrantes no site do Congresso do Futuro. Você também acompanha os debates pelo Portal e-Cidadania e pode enviar comentários e sugestões.

Da assessoria de imprensa do senador Wellington Fagundes

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)