Senadoras elogiam declaração assinada por chefes de Estado ao final da COP 22

Paula Groba (Rádio Senado) | 18/11/2016, 18h57

Na Declaração de Marrakech, um dos documentos finais da Conferência Mundial do Clima, a COP 22, em Marrocos, chefes de Estado e chefes de delegações de todos os países envolvidos com o Acordo de Paris apresentaram um documento firmando ações para conter o aquecimento global.  No texto, eles convocam as partes a manter o ímpeto consolidado no Acordo de Paris para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

O documento pede o mais alto compromisso político para combater a mudança do clima por meio da solidariedade com os países mais vulneráveis e nos esforços para a erradicação da pobreza e promoção da segurança alimentar. A carta reafirma ainda o compromisso das nações desenvolvidas com o financiamento de US$ 100 bilhões anuais direcionados para países em desenvolvimento. Unanimemente, os países ainda reivindicam que todas as partes iniciem suas ações contra o aumento da temperatura global bem antes de 2020, quando se espera que todas as regulamentações em torno do Acordo de Paris estejam definidas.

As senadoras Vanessa Graziottin (PCdoB-AM) e Lídice da Mata (PSB-BA), comentaram a declaração anunciada na COP 22. Na avaliação de Vanessa Grazziotin, os resultados foram muito positivos.

- A declaração política apresentada unanimemente por todos os membros mostra isso e tem como objetivo primeiro conclamar as nações que ainda não assinaram, que são poucas – de 190 nações, mais de 110 já assinaram –, e exortar a necessidade de antecipar prazos e datas, aplicar o acordo o mais rapidamente possível e não aguardar pelo ano de 2020 – avaliou a senadora.

Para Lídice da Mata, a Declaração de Marrakech é importante porque reafirma e dá mais velocidade na aplicação do Acordo de Paris. Ela ressaltou o compromisso de países desenvolvidos na criação do fundo que vai direcionar US$ 100 bilhões anualmente para os demais países.

- Um dado fundamental nisso é a reafirmação do compromisso dos países desenvolvidos com o fundo de 100 bilhões de dólares para que os países em desenvolvimento ou menos desenvolvidos possam efetivar as medidas visando descarbonizar as suas economias - explicou.

Após duas semanas de debates, a previsão é que a conclusão do livro com as regras para implementação do Acordo de Paris ocorra até 2018. A COP 23 acontecerá em 2017 em Bonn, na Alemanha.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)