Ana Amélia defende aprovação de PEC que limita gastos públicos

Da Redação | 07/10/2016, 13h02

A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse na manhã desta sexta-feira (7) que a Câmara fez seu dever de casa  ao aprovar na comissão especial a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que fixa limites para os gastos públicos pelos próximos 20 anos.

A parlamentar disse que a proposição é fundamental para a recuperação da economia do país, não significará perdas para saúde e educação e vai refletir positivamente na vida do cidadão comum, permitindo por exemplo a redução da taxa de juros.

- É o novo espantalho que foi colocado no cenário político. Só que essa PEC é o eixo essencial para um governo que tenha um mínimo  de credibilidade e capacidade de governança. Nos 13 anos do PT foram criadas 40 estatais. Como se o Estado não estivesse inchado o suficiente. O prejuízo operacional dessas estatais criadas é estimado em R$ 8 bilhões - afirmou ela em pronunciamento no Plenário do Senado.

Derrota do PT

Ao analisar o resultado das eleições, a senadora Ana Amelia não poupou críticas ao Partido dos Trabalhadores e criticou seus dirigente pela falta de humildade em reconhecer os erros. Para ela, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria assumir a responsabilidade.

- Hoje, o presidente Lula, com os cabelos muito mais brancos, com mais rugas no rosto, com mais experiência de vida, poderia salvar o partido. Um partido que perdeu 60% dos votos nessas eleições. E não foram os golpistas que fizeram isso. Foi a população brasileira - afirmou.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) também fez críticas ao PT e à nota oficial divulgada pelo partido após o pleito municipal.

- Foi uma derrota brutal. Mas essa nota do PT, depois da eleição, foi uma derrota pior ainda, porque é a derrota de quem não entendeu nada, de quem não reconheceu nada, de quem não pediu desculpas e de quem não sinaliza para onde vai - disse.

Para Cristovam, além de ter cometido erros, o PT virou um partido reacionário, incapaz de perceber a evolução do mundo e se desgarrar do passado. No entanto, para ele, a diminuição da legenda não é motivo para comemoração.

-  A gente pode até comemorar a vitória eleitoral dos outros, mas a diminuição do PT não é bom para o Brasil. O PT, com sua derrota, levou a esquerda, mas o grave é que ele perdeu por não ser de esquerda, por ser um partido reacionário. Reacionário, eu repito. Mas querendo votos da esquerda. Aí perdeu - analisou.

Sobre a PEC 241/2016, ele disse que deveria ser apelidada de PEC da responsabilidade, visto que não se pode gastar mais do que se tem.

- Estão vendendo narrativas falsas mais uma vez. Essa PEC é fundamental para a gente equilibrar as contas, baixar a dívida, diminuir juros e retomar investimento e gerar emprego. Mas tem uma coisa de que gosto mais ainda. Essa PEC vai permitir descobrir quem daqui, do Congresso inteiro, dá prioridade a alguma coisa. É fácil defender educação e tudo mais. Acabou a demagogia. Para defender  aumento de salário para professor, por exemplo, vai ter que dizer de onde tira - opinou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)