Otto Alencar: fim do financiamento empresarial aumenta caixa dois nas eleições

Da Redação e Da Rádio Senado | 04/10/2016, 18h17

O senador Otto Alencar (PSD-BA) cobrou a aprovação de uma ampla reforma política capaz de moralizar as eleições e conter a proliferação de partidos. Ele ressaltou que o pleito municipal de 2 de outubro já teve o benefício das novas regras, que contribuíram para diminuir a interferência empresarial nas campanhas, mas aumentou a interferência do crime no financiamento eleitoral.

O senador declarou ter testemunhado, na Bahia, candidaturas bancadas pelo caixa dois do tráfico de drogas, da agiotagem e da contravenção — Otto Alencar considera esse o resultado do fim abrupto do financiamento empresarial regulamentado.

— A reforma política deve ser feita como prioridade. Se o governo atual, se o Senado, a Câmara Federal, quiserem tomar uma decisão para ajudar este país a sair desta situação, essa é a reforma política necessária que deveria ser feita em regime de urgência para já valer a partir de 2018 — sustentou.

Otto Alencar defendeu a cláusula de barreira, salientando que é impossível governar o país com uma grande quantidade de partidos, e apoiou o fim das coligações em eleições proporcionais. Na opinião do senador, a realização de eleições de dois em dois anos é uma “situação desagradável” que o Brasil não suporta e que exerce uma pressão permanente sobre os governantes.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)