Cerimônia inicia campanha Outubro Rosa contra o câncer de mama

Da Redação | 04/10/2016, 23h08

Mais de 200 pessoas, entre parlamentares e autoridades convidadas, prestigiaram a cerimônia de lançamento da Campanha Outubro Rosa, nesta terça-feira (4), no Congresso Nacional.

Com a iluminação de prédios públicos, como a sede do Poder Legislativo, a campanha de incentivo à promoção do diagnóstico precoce no Brasil, que está completando dez anos, chama a atenção da sociedade para a prevenção do câncer de mama.

O Diretor de Relações Governamentais da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Tiago Turbay, considera a edição de 2016 especial.

— Instituída internacionalmente nos anos 1990, há dez anos a campanha foi introduzida no Brasil. A ideia, este ano, é inaugurar um novo ciclo de decisões propositivas a respeito do câncer de mama — afirmou.

A Femama é e um dos mais de 20 órgãos governamentais e entidades de mulheres integram do grupo de trabalho que definiu um calendário comum de atividades para a campanha deste ano.

De acordo com a programa, três audiências públicas estão programadas na Câmara dos Deputados e no Senado, para discutir a lei dos 60 dias e a lei da reconstrução mamária, no dia 19; a acessibilidade dos exames preventivos para mulheres com deficiência, no dia 20; e os principais tipos de câncer incidentes em mulheres, dia 25.

Exposição

A primeira solenidade desta terça foi a inauguração da exposição fotográfica Viva Vida. Aberta até o dia 14 de outubro, a exposição promovida pela Recomeçar – Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília combina fotografias e relatos.

— Queremos passar com a exposição a mensagem de que é possível superar a doença, vencer o câncer de mama e é possível recomeçar a vida —, disse a presidente da Recomeçar, Joana Jecker.

Ela explicou que tratam-se de “mensagens de mulheres que passaram pelo tratamento, pelo processo de reconstrução da mama e retomaram sua vida social”. A própria Joana detectou um nódulo em autoexame, aos 30 anos de idade. Depois, tornou-se uma líder em saúde.

Homenagem

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), procuradora especial da Mulher no Senado, na abertura dos trabalhos homenageou o médico Gibran Daher, falecido no dia 25 de setembro, aos 27 anos de idade, autor do livro “George Nicholas Papanicolau – o legado”, juntamente com Rana S. Hoda.

De acordo com a senadora, a morte precoce de Gibran não o impediu de constituir-se em “um profissional cujo perfil deve servir de referência à classe médica no acolhimento humanitário, como exemplo de engajamento à causa em defesa da saúde da mulher, atuando na prevenção do câncer e realizando partos em ambiente humanizado”.

Emocionada, a mãe de Gibran, Silvia Daher, que é servidora do Senado, também discursou. Ela lembrou a dedicação do filho, que foi reconhecido também com a atribuição de seu nome para designar a Liga Cardiotorácica dos Acadêmicos de Medicina, na Universidade Católica de Brasília.

Presenças

Entre os parlamentares presentes à cerimônia estavam todas as senadoras da atual legislatura e também as deputadas Elcione Barbalho (PMDB-PA), procuradora da Mulher da Câmara dos Deputados, Dâmina Pereira (PSL-MG), coordenadora da Bancada Feminina na Câmara dos Deputados e Carmen Zanotto (PPS-SC), presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Câncer de Mama.

A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) aproveitou a solenidade e reivindicou serviço mais integrado na rede de atendimento à mulher.

Também prestigiaram o lançamento a  embaixadora da Nicarágua, Lorena Martínez; a ministra da Advocacia-Geral da União (AGU), Grace Maria Fernandes Mendonça; a secretária especial de políticas para as mulheres, Fátima Pelaes; a primeira-dama do governo de Brasília, Márcia Rollemberg; a secretária adjunta de mulheres, igualdade racial e direitos humanos, Vera Lucia da Silva; e a subsecretária de política para mulheres, Lúcia Bessa.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, comentou o lançamento da Campanha Outubro Rosa e a abertura da exposição​ fotográfica Viva Vida, da Recomeçar.

— A consciência de que os fatores predisponentes para uma grande gama de doenças por si só não são suficientes para o seu surgimento é uma das mais valiosas certezas que podemos ter sobre a manutenção de nossa saúde. E por que não dizer, das nossas vidas! — lembrou o presidente do Senado.

Segundo Renan, o que determina, na maioria das vezes, a instalação de alguma enfermidade são os fatores contribuintes.

— Hábitos de vida, o ambiente no qual vivemos, os cuidados com o funcionamento saudável de nosso organismo, entre os quais sobressai, sem sombra de dúvida, a prevenção. Que a cor rosa sirva como uma mensagem de que as predisposições do nosso organismo, por si somente, não são suficientes, na grande maioria das vezes, para o nosso adoecimento, caso evitemos os fatores contribuintes, tal como o menosprezo com a prevenção — disse.

Da assessoria de imprensa da Procuradoria Especial da Mulher do Senado

Com informações da assessoria da Presidência do Senado Federal

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)