Para Medeiros, oposição quer 'jogar cortina de fumaça' sobre conclusões da perícia

Da Redação | 01/07/2016, 11h21

O fato de a perícia realizada por técnicos do Senado não ter identificado assinatura de Dilma Rousseff nas chamadas "pedaladas fiscais" não significa que a presidente afastada está isenta de responsabilidade pelos atrasos nos repasses do Tesouro Nacional ao Banco do Brasil para equalizar taxas de juros do Plano Safra. A avaliação foi feita nesta sexta-feira (1º) pelo senador José Medeiros (PSD-MT) da tribuna do Plenário. Segundo Medeiros, à perícia do Senado não cabia dizer se houve dolo ou não, papel que competirá aos senadores:

- A perícia do Senado não tinha como achar uma assinatura da Presidência, porque a presidente simplesmente atrasou os pagamentos. E aí nós observamos esse dolo politicamente, quando a presidente, no lançamento do Plano Safra, faz um ato na Presidência da República, com pompa e circunstância – disse.

O senador registrou ainda que a junta pericial, convocada a partir de pedido da defesa de Dilma, concluiu também que, em 2015, houve "ato comissivo" da presidente na edição de créditos suplementares. Para Medeiros, há uma tentativa da oposição de jogar uma cortina de fumaça sobre o resultado da perícia:

- Muitos Senadores estão pegando subsídios para montar o seu juízo de valor. Mas, o tempo todo a cantilena é de que é golpe. Óbvio que é uma peça publicitária para tentar jogar uma cortina de fumaça em dados estarrecedores – apontou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)