Fernando Bezerra Coelho diz que Brasil já conquistou protagonismo na COP-21

Da Redação | 09/12/2015, 20h34

O presidente da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), afirmou, nesta quarta-feira (9),  que as propostas brasileiras apresentadas na Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-21) conquistaram visibilidade e o interesse das nações que participam da conferência.

- Estamos nos aproximando da data final (sexta-feira, 11) para a celebração de um acordo que vai dar as bases para o desenvolvimento sustentável em todo o mundo. E o Brasil está tendo um protagonismo importante na COP-21 - afirmou o senador.

Para Fernando Bezerra Coelho, o Brasil foi o país que apresentou a melhor proposta para a redução de emissões de gases do efeito estufa. Além disso, chega à conferência como um grande exemplo; sobretudo, na redução do desmatamento da Floresta Amazônica.

Na capital francesa, cumprindo agenda na COP-21 desde a última sexta-feira (4), o presidente da CMMC participou, nesta quarta, de dois painéis sobre a Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC). Realizados na Embaixada do Brasil em Paris, os painéis – "iNDC Brasileira e a redução do efeito estufa” e "Implementação da iNDC do Brasil: Florestas, Regeneração, Recomposição e Reflorestamento" – contaram com a presença da delegação de senadores e deputados brasileiros como também da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Fernando Bezerra Coelho salientou a importância do evento para a troca de ideias com parlamentares de outros países como Estados Unidos, Alemanha, França e de outros países da Comunidade Européia - assim como de outros países do mundo– todos interessados na posição brasileira e conscientes do enorme esforço que o Brasil vem fazendo para em termos de desenvolvimento sustentável.

Metas

A proposta central da iNDC/Brasil para a COP-21 é que “o país, até o final deste século, envidará esforços para uma transição a sistemas de energia baseados em fontes renováveis e descarbonização da economia mundial, no contexto do desenvolvimento sustentável e do acesso aos meios financeiros e tecnológicos necessários para tal transição”.

Entre as principais metas brasileiras, destacam-se o fim do desmatamento ilegal, o reflorestamento de 12 milhões de hectares de terra, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e a integração de 5 milhões de hectares, entre lavouras, pastagens e florestas.

Na área de energia – um dos pilares da CMMC – a iNDC propõe que a participação das energias renováveis chegue, até o ano de 2030, a 23% da matriz energética brasileira, especialmente a solar, eólica e de biomassa, sem considerar a hidrelétrica. O senador Fernando Bezerra Coelho defende o aumento da participação das energias limpas na matriz energética nacional para 25%, no referido ano em 2030.

- É importante que o esforço brasileiro, contido nas metas do país até 2030, possa ser perseverado, possa ser realmente implementado, quando o Brasil será um dos líderes mundiais em preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável -  disse o senador.

Para ele é possível gerar emprego e inclusão social conservando, ao mesmo tempo, os biomas do país, como o o Cerrado, a Floresta Amazônica e a Caatinga – o que é importante para a preservação do meio ambiente e para  a qualidade de vida da população.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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