Otto Alencar pede mais recursos para revitalização do Rio São Francisco

Da Redação | 27/11/2015, 18h43

“Preservar a água é preservar a vida. É gerar riqueza e trabalho”, disse o senador Otto Alencar (PSD-BA), nesta sexta-feira (27/11),  durante diligência da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle do Senado Federal ao Rio São Francisco para verificar a crise hídrica em Bom Jesus da Lapa, na Bahia. Depois de meses, choveu no período da manhã na região.

Participaram da diligência o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Felipe Mendes de Oliveira; o deputado federal Sérgio Brito (PSD-BA); o prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro; prefeitos da região; comunidades ribeirinhas e quilombolas e alunos de escolhas públicas. As autoridades percorreram o São Francisco por mais de uma hora e houve soltura de peixes no rio.

— Quando o homem destrói a natureza ela se volta para castigar o homem — afirmou o senador ao observar áreas degradadas.

O presidente da Codevasf ressaltou a importância de trabalhos desenvolvidos pela companhia no Brasil e o senador orientou prefeitos a investirem na recuperação do São Francisco.

Otto Alencar defendeu a destinação de mais recursos do governo federal para a revitalização do rio. Ele luta por R$ 600 milhões no Orçamento da União do próximo ano para a revitalização do rio.

O senador também citou o Instituto Fábrica de Florestas que atingiu a expressiva marca de 1 milhão de mudas produzidas e mais de 600 mil plantadas em sete anos de atuação nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. 

Para Otto Alencar, a atuação do instituto no Polo Industrial de Camaçari, na Bahia, foi fundamental para a revitalização do local. Álvaro Oyama, diretor-executivo do Fábrica de Florestas participou das atividades da CMA na Bahia.

Plano de trabalho

A diligência integra o plano de trabalho da CMA. A comissão avalia a política pública de revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. O presidente da CMA manifestou grande preocupação com o São Francisco, conhecido como "rio da integração nacional" por cortar cinco estados – Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas.

Otto Alencar alertou para o comprometimento de afluentes, prejudicados pelo despejo de esgoto, assoreamento, destruição de mata ciliar e das nascentes. Também citou o desaparecimento de rios na Região Nordeste e Minas Gerais.

O presidente da CMA defende a decretação, pelo governo federal, de situação de emergência na Bacia Hidrográfica do São Francisco por conta do assoreamento e o baixo nível das barragens de Sobradinho e Três Maria. O Rio São Francisco é a única fonte segura de água para o semiárido brasileiro.

— Apesar do acelerado aumento da utilização das águas do São Francisco, não têm ocorrido investimentos dos governos federal e estaduais suficientes para garantir a preservação de nascentes e afluentes do rio. Só se produz água plantando árvores — frisou o senador.

Segundo o senador, sem a revitalização não será possível a transposição das águas do São Francisco e o rio será apenas um caminho de areia em pouco tempo.

Da Assessoria de Imprensa do Senador Otto Alencar

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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