Campanha Mais Mulheres na Política é lançada em Goiânia

Da Redação | 10/09/2015, 20h18

O lançamento da campanha Mais Mulheres na Política em Goiânia foi marcado pela presença de autoridades e entidades representativas da sociedade. O evento aconteceu nesta quinta-feira (10), no Centro Cultural Oscar Niemeyer, e contou com parlamentares de diversos partidos que se deslocaram de Brasília para apoiar a campanha.

A iniciativa da Procuradoria Especial da Mulher do Senado, representada pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), teve o apoio da senadora Sandra Braga (PMDB-AM); da senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), da deputada federal Flávia Morais (PDT-GO), de todas as deputadas estaduais: Delegada Adriana Accorsi (PT), Isaura Lemos (PCdoB), Lêda Borges (PSDB), Eliane Pinheiro (PMN), e de todas as vereadoras: Célia Valadão (PMDB), Dra. Cristina Lopes (PSDB), Cida Garcez (SDD), Tatiana Lemos (PCdoB) e de representantes da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg).

Também estiveram presentes o governador do estado de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO); o senador José Medeiros (PPS-MT); Delaíde Alves, ministra do Tribunal Superior do Trabalho; senadora Marta Suplicy (PMDB-SP); e a jornalista Eliane Cantanhêde.

Participaram ainda do evento representantes de entidades como a União Brasileira de Mulheres; Sindicato dos Assistentes Sociais de Goiás; Conselho Estadual da Mulher; Conselho Municipal da Mulher; ONG Mestra; Associação Quilombola Kalunga; Associação dos Idosos Madre Germana I; Federação dos Idosos do Estado de Goiás; Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás; Movimento Sindical de Mulheres do Goiás.

Atualmente, o Estado de Goiás no Senado conta com uma representante do sexo feminino, a senadora Lúcia Vânia (PSB). Lúcia Vânia, anfitriã do evento, registrou a importância da campanha Mais Mulheres na Política.

— Eventos como esse são importantes para afirmar o nosso avanço e promover a igualdade de gêneros — disse a  senadora está em seu segundo mandato no Senado, depois de atuar como deputada federal por três legislaturas.

Vanessa Grazziotin, procuradora da Mulher do Senado, falou sobre a forma como a mulher é vista no Brasil.

— A discriminação contra a mulher é uma herança cultural que está enraizada na sociedade. Somos chamadas de sexo frágil, somos tratadas como um ser inferior e precisamos, urgentemente, mudar essa realidade — afirmou a senadora.

A senadora também falou sobre a luta pelo equilíbrio na representação entre os gêneros na política:

— Viver em um país onde mais da metade da população é formada por mulheres e estarmos ocupando somente dez por cento das cadeiras nos parlamentos mostra que vivemos em um país que não é democrático. Nós não queremos ser melhores que os homens, queremos ser iguais. A cota para mulheres é um passo para a igualdade.

A senadora se referiu à PEC 98/2015, que faz parte da reforma política em discussão no Congresso e garante a reserva escalonada de vagas para mulheres no pleito seguinte ao da sanção da proposta. Serão 10%, de cadeiras nas primeiras eleições, seguidas de 12% e 16% de vagas nas eleições seguintes. A proposta foi votada em segundo turno essa semana no Senado e seguiu para a Câmara dos Deputados, onde também será votada em dois turnos.

Marta Suplicy (PMDB-SP), registrou o começo de uma revolução no estado de Goiás:

— Começa hoje a movimentação da campanha Mais Mulheres na Política em Goiás. Muita coisa precisa mudar no Brasil e essa campanha faz parte dessa mudança; ela é muito mais profunda do que parece. Quando uma mulher entra na política, ela muda. Quando várias mulheres entram, é a política que muda.

Saiba Mais

Goiás tem 245 municípios, dos quais apenas 25 têm suas prefeituras ocupadas por mulheres, pouco mais de 10% do total. Já nas Câmaras de Vereadores, o percentual é um pouco maior: 12% do total (296 vereadoras e 2.193 vereadores).

No mapa da representação de mulheres nos parlamentos do mundo, elaborado pela União Interparlamentar e pela ONU Mulheres, dentre os 198 países pesquisados, o Brasil aparece na 158ª posição. Na América Latina aparece atrás da Argentina, México, Cuba e Bolívia e à frente apenas de Belize.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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