CRE sabatina na quinta-feira indicados para embaixadas na Bolívia e em Honduras

Da Redação | 01/09/2015, 09h56

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) sabatina, na quinta-feira (3), Raymundo Santos Rocha Magno, indicado para embaixador na Bolívia, e Breno de Souza Brasil Dias, indicado para embaixador do Brasil em Honduras.

O Brasil está sem representação oficial na Bolívia desde agosto de 2013, quando ocorreu a fuga do senador boliviano Roger Molina para o nosso país. Para sair da Bolívia, Molina teve o auxílio do encarregado de negócios da embaixada brasileira na época, Eduardo Saboya, e do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Ele estava confinado na embaixada, onde havia solicitado asilo político já havia 453 dias, e tinha problemas de saúde.

Oposição ao governo do presidente Evo Morales, Molina acabou sendo retirado de seu país por razões humanitárias, de forma clandestina, sem o salvo-conduto do governo da Bolívia. O fato provocou uma crise diplomática, pois foi feito também sem o consentimento do governo brasileiro e, desde então, a indicação da presidente Dilma Rousseff estava parada na CRE.

Recentemente, o Conselho Nacional de Refugiados (Conare), representando o Estado brasileiro, reconheceu a condição de Molina de refugiado político, concedendo-lhe asilo. O fato abriu espaço para que voltasse a tramitar a indicação do diplomata Rocha Magno.

O indicado para ocupar a vaga de embaixador na Bolívia nasceu no Rio de Janeiro, em 1953. Graduado em Direito, ele completou o curso de preparação à carreira diplomática do Instituto Rio Branco em 1974. Desde 1996, chegou ao quadro de ministros de Segunda Classe. Chefia a embaixada na capital da Romênia, Bucareste, desde 2011.

Honduras

Breno de Souza Brasil Dias graduou-se em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1981. Ingressou na carreira diplomática no posto de Terceiro Secretário em 1988, após concluir o Curso de Preparação da Carreira Diplomática do Instituto Rio Branco. Ascendeu a conselheiro em 2006, e a ministro de Segunda Classe em 2010. Como ministro conselheiro, é o encarregado de negócios na Missão do Brasil junto à Organização dos Estados Americanos (OEA), desde 2012.

O comércio entre o Brasil e Honduras tem avançado significativamente. Em 2014, o comércio bilateral totalizou US$ 131,1 milhões, 62,7% acima do valor registrado em 2010. Produtos manufaturados representam 92% do total das exportações brasileiras para Honduras e 68% das importações.Tem-se desenvolvido a cooperação bilateral em diversas áreas, como no campo técnico-científico, no desenvolvimento tecnológico na área de comunicações, na esfera educacional e, ainda, em matéria de energias renováveis.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)