Em reunião na CCT, senadores condenam uso de símbolos religiosos em parada gay

Iara Guimarães Altafin | 09/06/2015, 14h46

Ao final da reunião desta terça-feira (9) da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), os senadores Hélio José (PSD-DF), José Medeiros (PPS-MT), Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Cristovam Buarque (PDT-DF) condenaram o uso de símbolos religiosos durante a 19ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, no último domingo (7).

– O direito das pessoas à liberdade de escolha não pode partir para a agressão a símbolos religiosos, agressão a entidades, agressão a preceitos de igrejas – lamentou Hélio José.

Ao comentar episódios como uma transexual ter desfilado simulando ser Jesus Cristo crucificado, José Medeiros disse considerar as manifestações “coisa de baderneiros” e que não revelam a posição dos que apoiam o movimento.

– O presidente do Conselho de Atenção à Diversidade Sexual do estado de Mato Grosso, senhor Valdomiro Arruda, que esteve na marcha, protestou e se mostrou contrário àquele tipo de comportamento – comentou.

Também o senador Cristovam Buarque disse não acreditar que o conjunto dos que integram o movimento LGBT apoie atos de intolerância religiosa.

– Intolerância não é só proibir a pessoa da prática de uma religião, é ofender também. Só que a gente não pode, em função disso, dizer que todos os que estavam naquela marcha, de que todos os gays, os homoafetivos, são responsáveis por aquele gesto – ressaltou Cristovam.

Para o parlamentar, não é com desrespeito a crenças religiosas que o movimento irá conquistar o fim do preconceito.

Ao condenar fanatismos e crimes cometidos por cristãos, como na época da Inquisição, Marcelo Crivella pediu respeito, para evitar retrocessos.

– Nós somos uma civilização ocidental cristã e que precisa aprender a tolerância. São coisas que nós não podemos permitir que voltem – disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)