Setores moveleiro, têxtil e de vestuário precisam de mais atenção por parte do governo federal, avalia Marcos Guerra

Da Redação | 23/08/2006, 18h46

As indústrias de móveis, têxteis e de vestuário enfrentaram sérios problemas no ano passado e perderam exportações e postos de trabalho. Foi o que afirmou em Plenário nesta quarta-feira (23) o senador Marcos Guerra (PSDB-ES). Para ele, tais setores precisam de mais atenção por parte do governo federal em virtude de serem grandes geradores de renda e empregos para o país.

São 16.500 empresas no Brasil que trabalham formalmente no setor moveleiro, explicou o senador, e praticamente mais o dobro disso em empresas informais. O segmento emprega em torno de 300 mil pessoas. Apenas no primeiro semestre do ano, frisou Marcos Guerra, o setor de móveis teve uma redução de cerca de 9% da sua produção, além de perder exportações (-11%) e postos de trabalhos (-12%). O senador disse que, entre 2002 e 2004, o setor praticamente duplicou suas exportações, mas, no primeiro semestre deste ano, se comparado ao mesmo período de 2005, contabiliza uma redução de 16%.

Já o setor têxtil (em conjunto com o de confecções e vestuário), acrescentou Marcos Guerra, gerava em 1990 cerca de 2,95 milhões de postos de trabalho em todo o país. Em 2000, o número já estava em 1,873 milhão e, em 2002, 1,734 milhão. Em 2006, lamentou o senador, os postos de trabalhos caíram para 1,650 milhão.

- Uma queda que, se comparada a 1990, chega a 44% dos empregos gerados nesse setor. A previsão para 2010 é que o setor têxtil-vestuário chegue a 944 mil postos de trabalho. E o governo não tem feito nada para socorrer esses dois setores, que estão presentes em todo o país - afirmou Marcos Guerra.

Os senadores Roberto Cavalcanti (PRB-PB), César Borges (PFL-BA) e Sibá Machado (PT-AC) apartearam e elogiaram o pronunciamento do colega capixaba.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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