Gripe aviária se espalha lenta e progressivamente deixando planeta em alerta

Da Redação | 24/02/2006, 00h00

O vírus da gripe aviária já causou a morte de mais de 80 pessoas no mundo desde 2003 com o seu reaparecimento na Ásia. Mais de 140 milhões de aves infectadas morreram ou foram sacrificadas na China, Cazaquistão, Sibéria, Rússia, Tibet, Mongólia, Indonésia, Taiwan, Tailândia, Iraque, Camboja, Coréia do Sul, Japão, Laos, Paquistão, Vietnã, Irã e Nigéria.

Em outubro de 2005 o vírus chegou à Europa, onde já foram registrados focos na Itália, Eslovênia, Grécia, Bulgária, França, Áustria, Romênia, Turquia, Alemanha, Chipre e Rússia. Devido aos recentes focos da gripe no norte da Alemanha, especialistas em doenças contagiosas e políticos do Partido Verde alemão já alertaram para a possibilidade de um possível cancelamento ou adiamento da Copa do Mundo deste ano.

Neste mês, especialistas em saúde animal da União Européia (UE) aprovaram planos da França e da Holanda para vacinar milhões de aves contra a gripe aviária como precaução.

Os programas são os primeiros de vacinação preventiva da UE contra o vírus letal H5N1 da gripe aviária. A França e a Holanda são os maiores produtores de frango da UE.

A rápida propagação da influenza aviária, com surtos em vários países simultaneamente, é historicamente inédita e de grande preocupação para a saúde humana e animal. Foram mais de 100 casos em humanos até outubro de 2005, com elevada letalidade nas formas graves.

Uma pandemia da gripe poderia ser causada se houver mutação do vírus da gripe aviária em conjunto com a gripe comum, o que proporcionaria a transmissão direta entre seres humanos. Caso isso ocorra, poderá ter início uma nova pandemia. Isso foi observado durante a grande pandemia de influenza de 1918 -1919 (Gripe Espanhola), quando um subtipo novo do vírus influenza se espalhou pelo planeta, com morte estimada de 40 a 50 milhões de pessoas. A gripe asiática foi o segundo grande surto, com um milhão de mortes. Finalmente, veio a gripe de Hong Kong, em 1969, deixando mais um milhão de vítimas fatais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: