Debate aponta necessidade de investir no futebol feminino para Copa de 2027

22/11/2023, 21h37

A Comissão de Esporte promoveu nesta quarta-feira (22) uma audiência pública para debater a necessidade de aumentar os investimentos públicos no esporte feminino e as medidas que devem ser tomadas para o Brasil se tornar a sede da Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2027. Os especialistas ouvidos destacaram que o principal passo para o crescimento do futebol feminino no Brasil é democratizar o acesso das meninas a times de base e aumentar a divulgação do esporte, para atrair investimentos.

A representante da Federação Paulista de Futebol, Victoria Pissolato, destacou a necessidade de as federações de todos os estados brasileiros promoverem políticas de investimento do futebol feminino e possibilitarem que o país se torne sede do Mundial.

O representante da Confederação Brasileira de Esportes, Ricardo Leão de Andrade, defendeu a necessidade de alterar a Lei do Incentivo ao Esporte (Lei 11.438, de 2006) para tornar obrigatória a distribuição igualitária de investimentos entre o futebol feminino e o masculino nas categorias de base.

— Entendo que existem oportunidades de aprimoramento na Lei do Incentivo do Esporte para fomentar maiores oportunidades de formação de atletas no âmbito do futebol feminino. Estabelecendo ali uma política de equidade com os investimentos que já são feitos nas categorias de base do futebol masculino.

O presidente da Comissão de Esporte, senador Romário (PL-RJ), afirmou que são necessárias muitas mudanças na organização e nos investimentos no futebol feminino. O senador defendeu que as demais federações deveriam seguir o exemplo da Federação Paulista de Futebol para aumentar a possibilidade do Brasil de sediar a Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2027.

— Precisa de muita coisa, principalmente pela ideia, tanto da CBF como do Ministério do Esporte, de fazer aqui o Mundial Feminino 2027. A gente tem que começar já a estruturar melhor essas competições da mesma forma que essa competição em São Paulo — afirmou o senador.

Luana Viana, da Rádio Senado, sob a supervisão de Marcela Diniz
 



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