Relatora avalia que quebras de sigilo vão ajudar nos próximos depoimentos da CPMI

Hérica Christian | 18/07/2023, 16h38

Nos primeiros meses de funcionamento, a CPMI do 8 de Janeiro dedicou-se a tomar depoimentos de testemunhas e de investigados a respeito de fatos ocorridos antes da invasão à sede dos três Poderes em Brasília. Foram ouvidos: o condenado pela tentativa de explosão de uma bomba num caminhão tanque nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília, George Washington e os peritos da Polícia Civil do Distrito Federal sobre o episódio do dia 24 de dezembro. O coronel da PMDF, Jorge Naime, preso por omissão, disse à CPMI que as Forças Armadas impediram a retirada do acampamento de apoiadores de Bolsonaro, em frente ao QG do Exército em Brasília. Já o ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, negou o uso da corporação para interferir no segundo turno das eleições em cidades do Nordeste. O coronel do Exército, Jean Lawand Júnior, disse que as mensagens trocadas com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, não eram para defender um golpe de Estado, mas para convencer o então presidente da República a reconhecer o resultado das eleições e acabar com os acampamentos dos seus seguidores. Mauro Cid, por sua vez, permaneceu em silêncio. O senador Jorge Seif (PL-SC) disse que o governo, contrário à CPMI, tenta envolver Bolsonaro no 8 de Janeiro. A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), esclareceu que não pode avançar nos depoimentos porque as quebras de sigilo não haviam sido aprovadas.



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