Ex-diretor diz que não houve uso eleitoral da PRF; relatora rebate com dados

Hérica Christian | 20/06/2023, 20h43

Em depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, negou proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o uso da corporação no segundo turno das eleições. Argumentou que o Nordeste teve um efetivo maior da corporação por ser a região com as maiores malhas rodoviárias, frotas de ônibus e registros de acidentes e crimes eleitorais. Vasques também declarou que o desbloqueio nas rodovias demorou por falta de apoio de governadores e prefeitos.

A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), rebateu as informações prestadas por Silvinei. Ela afirmou que houve um aumento das diárias pagas no segundo turno, o que indicaria o uso eleitoral da PRF e que houve atas sobre reuniões sobre operações nas rodovias durante as eleições.

Na reunião desta terça-feira (20) a CPMI aprovou a convocação do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, que ocupou o cargo no início do governo do presidente Lula, general Gonçalves Dias; do ex-diretor da Abin, Saulo Moura, e do coronel do Exército, Jean Lawand Júnior, que teria defendido um golpe militar após as eleições de outubro de 2022.



Opções: Download