Jornal do Senado — Rádio Senado
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Jornal do Senado

01/03/2023, 20h21 - ATUALIZADO EM 01/03/2023, 20h21
Duração de áudio: 09:30

Transcrição
EU SOU E EU SOU E ESTES SÃO OS DESTAQUES DE HOJE DO JORNAL DO SENADO, QUE COMEÇA AGORA SENADORES REPUDIAM CASO DE TRABALHO ESCRAVO E XENOFOBIA NO RIO GRANDE DO SUL OPOSIÇÃO CRITICA REONERAÇÃO DE COMBUSTÍVEIS, MAS LÍDER DO GOVERNO DEFENDE ESTRATÉGIA DA EQUIPE ECONÔMICA CONGRESSO CELEBRA RUY BARBOSA EM SEU CENTENÁRIO DE MORTE BOA NOITE! AO LONGO DE 32 ANOS, O ESTADO DA BAHIA FOI REPRESENTADO PELO ENTÃO SENADOR RUY BARBOSA. JURISTA, DIPLOMATA, ESCRITOR E TRADUTOR, RUY BARBOSA TAMBÉM FOI SENADOR POR CINCO MANDATOS, SENDO UM DOS SENADORES QUE INAUGURARAM O SENADO DA REPÚBLICA, EM 1890. RUY BARBOSA DEIXOU UM LEGADO HISTÓRICO. HOJE, 100 ANOS APÓS A MORTE DO POLÍTICO, O CONGRESSO NACIONAL FEZ UMA HOMENAGEM POR SUA HISTÓRIA DE DEFESA PELA DEMOCRACIA NO PAÍS. A REPORTAGEM É DE BRUNO LOURENÇO: Ruy Barbosa morreu em primeiro de março de 1923, em seu quinto mandato no Senado Federal. Fundador da Academia Brasileira de Letras e seu segundo presidente, após a morte de Machado de Assis, Ruy Barbosa era considerado um homem à frente do seu tempo, como lembrou o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco. Notabilizou-se como um dos proeminentes líderes na proteção dos direitos humanos no Brasil, com atuação destacada na defesa da liberdade de expressão e dos direitos políticos, bem com na luta pela abolição da escravatura e contra o racismo. Em seus ousados sonhos emancipacionistas, lutou, sem sucesso, para que a libertação dos escravizados fosse acompanhada de uma vasta reforma social capaz de acolher e propiciar os meios de sobrevivência àquelas pessoas. A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, falou da defesa intransigente de Ruy Barbosa da prevalência dos direitos individuais sobre atos ilegais do governo. Partia ele da premissa inegociável de que entre um princípio constitucional fundante e uma necessidade política momentânea, o princípio e uma necessidade política momentânea, o princípio haveria de prevalecer. O ex-presidente da República e do Congresso Nacional, José Sarney, destacou ainda o reconhecimento internacional de Ruy Barbosa após sua participação na segunda Conferência Internacional da Paz, 1907, na cidade de Haia, na Holanda. O grande gênio que até no exterior ele conseguiu o título de “Águia de Haia” porque levantou a doutrina que ficou até hoje, que era muito justa e muito reivindicada, da igualdade de todas as nações pequenas ou grandes. Elas deviam ter o mesmo peso internacional. Ruy Barbosa de Oliveira nasceu em 5 de novembro de 1849, em Salvador. Seguiu carreira no direito, jornalismo, deputado da Assembleia da Bahia, deputado federal, diplomata e senador. É o recordista de mandatos no Senado, cinco, e patrono da Casa. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço. O SENADOR ROGÉRIO MARINHO, DO PL DO RIO GRANDE DO NORTE, CRITICOU O POSICIONAMENTO DA MÍDIA BRASILEIRA EM RELAÇÃO A REONERAÇÃO DA GASOLINA E DO ETANOL. SEGUNDO ELE HÁ UMA REPETIÇÃO NOS JORNAIS DE QUE O AUMENTO É BOM, DO PONTO DE VISTA FISCAL, SOCIAL E AMBIENTAL. NA AVALIAÇÃO DE MARINHO, ISSO NÃO É VERDADE, JÁ QUE EXISTEM NO BRASIL, POR EXEMPLO, MAIS DE 35 MILHÕES DE PROPRIETÁRIOS DE MOTOCICLETAS QUE VÃO SER IMPACTADOS DIRETAMENTE. O SENADOR POTIGUAR TAMBÉM LEMBROU DOS CERCA DE 1 MILHÃO E MEIO DE PESSOAS QUE TRABALHAM COMO MOTORISTAS DE APLICATIVOS, ALÉM DE TAXISTAS QUE TAMBÉM SERÃO IMPACTADOS PELA REONERAÇÃO DA GASOLINA E DO ÁLCOOL. MARINHO PONTUOU QUE O GOVERNO FALA EM GANHOS SOCIAIS, MAS QUE PESSOAS RICAS SERÃO AS VERDADEIRAS BENEFICIADAS, JÁ QUE ANDAM EM SUVS E EM CAMINHONETES DE LUXO ABASTECIDAS PELO ÓLEO DIESEL, QUE NÃO FOI REONERADO. SOBRE A REONERAÇÃO DO ETANOL, O SENADOR COBROU COERÊNCIA DO GOVERNO DO PONTO DE VISTA AMBIENTAL. Quando se fala que o imposto é bom do ponto de vista ambiental, esquece-se de que o Governo está reonerando o álcool. O álcool é um combustível, social e ambientalmente, muito mais limpo do que os combustíveis fósseis. Então, uma outra contradição evidente. JÁ O LÍDER DO GOVERNO JUSTIFICOU A DECISÃO DA EQUIPE ECONÔMICA DE RETOMAR PARCIALMENTE A COBRANÇA DE IMPOSTOS SOBRE A GASOLINA E ETANOL. A REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TRAZ OS DETALHES Com a retomada de 75% da cobrança do PIS e Cofins sobre a gasolina, e de 21% sobre o etanol, a Petrobras reduziu os preços nas refinarias para minimizar o impacto para o consumidor. O Ministério da Fazenda estima um aumento real R$ 0,34 no litro da gasolina e de R$ 0,02 no do etanol. O líder do governo, senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, lembrou que o presidente Lula prorrogou por dois meses a isenção de impostos, que, segundo ele, foi feita de maneira eleitoreira pelo ex-presidente Bolsonaro. O que foi criado no passado só tinha um objetivo: tentar a reeleição do presidente “sainte”. Era este o objetivo desta desoneração. Não era um programa sustentado, não era um programa para atender aos brasileiros. O discurso nesse momento da oposição é no mínimo de hipócrita porque a desoneração deles tinha data para acabar. A redução sustentável dos preços dos combustíveis está sendo feito por nós pelo governo do presidente Lula. Ao afirmar que a isenção de impostos no ano passado foi uma resposta à guerra da Rússia contra a Ucrânia, e que houve aumento na arrecadação no período, o líder do PL, senador Carlos Portinho, do Rio de Janeiro, alertou para a disparada da inflação. O governo Lula vem com essa reoneração que a gente já vê na bomba. Hoje o litro da gasolina que antes estava cerca de R$ 5 já chega a R$ 5,60 e, provavelmente, mesmo com a redução de 3% do valor nas refinarias, isso a gente sabe que esse repasse, não chega integralmente ao consumidor. Então, o consumidor pode se preparar para perder o seu poder de compra e gastar mais com combustível e com riscos para nossa inflação. A equipe econômica manteve a isenção de impostos sobre o gás de cozinha e o diesel até o final do ano. SENADORES PRESTARAM SOLIDARIEDADE AOS TRABALHADORES RESGATADOS EM TRABALHO DEGRADANTE NAS VINÍCOLAS DO RIO GRANDE DO SUL. OS PARLAMENTARES REPUDIARAM O CASO E TAMBÉM AS DECLARAÇÕES DE UM VEREADOR DO ESTADO GAÚCHO, CONSIDERADAS XENOFÓBICAS. REPÓRTER BIANCA MINGOTE. Os senadores prestaram solidariedade aos 207 trabalhadores que foram resgatados em situação de trabalho análogo à escravidão em vinícolas no estado do Rio Grande do Sul, na úlima semana de fevereiro. A maioria é negra e originária do estado da Bahia. Por conta disso, um vereador gaúcho, Sandro Fantinel, pediu que empresas gaúchas não contratassem mais o povo baiano. O senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, considerou as declarações xenofóbicas: O Vereador do Município lá de Caxias do Sul se referiu a eles como pessoas do Nordeste, baianos que se portavam de forma irregular, ou seja: a vítima sendo tratada exatamente ao contrário do que deveria ser considerado. Eu quero fazer esse registro de um caso xenofóbico típico de quem quer fazer um apartheid no Brasil entre sulistas, nordestinos e outros brasileiros, que são todos iguais. Também o senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, lembrou que a Bahia é o berço do Brasil. Omar avaliou ainda que os posicionamentos separatistas entre brasileiros de diferentes regiões foram potencializados nos últimos anos: Esses fatos isolados, infelizmente, existem. Existem, sim, separatistas. Existe, sim, esse tipo de pensamento, infelizmente. E muitos deles, hoje em dia, nos últimos anos, potencializados por quem presidia este País, fazendo uma divisão clara, com posicionamentos da mais alta autoridade brasileira em relação às brincadeiras com os nordestinos, com pessoas de cor. E isso foi potencializado. Quando se potencializa e quando uma pessoa vê a mais alta autoridade do país falando isso, é lógico que o pessoal também se sente no direito de achar que pode fazer esse tipo de coisa. Nossa solidariedade total ao povo baiano e, tenha a certeza, o repúdio a um fato isolado, de uma pessoa que mora no Rio Grande do Sul. O líder do governo no Senado, Jacques Wagner, do PT da Bahia, classificou o episódio como deplorável. E disse que o governo da Bahia vai acionar o Ministério Público contra as declarações do vereador. Nascido na Bahia, o senador Magno Malta, do PL do Espírito Santo, também rejeitou a atitude do vereador, Sandro Fantinel, que foi expulso do partido Patriota. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Bianca Mingote. COM TRABALHOS TÉCNICOS DE __ELISEU CAIRES__, O JORNAL DO SENADO FICA POR AQUI. ACOMPANHE, AGORA, AS NOTÍCIAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. BOA NOITE. //

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