CPI do Carf aprova convocação e quebra dos sigilos fiscal, bancários e telefônicos de ex-conselheiro do órgão — Rádio Senado
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CPI do Carf aprova convocação e quebra dos sigilos fiscal, bancários e telefônicos de ex-conselheiro do órgão

A CPI do Carf aprovou nesta quinta-feira (29) a convocação e quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico do ex-conselheiro do órgão, José Ricardo da Silva. José Ricardo foi preso esta semana durante a quarta fase da Operação Zelotes, da Polícia Federal. O sócio dele, João Batista Gruginski, compareceu à Comissão, mas se recusou a responder as perguntas dos senadores.

29/10/2015, 12h22 - ATUALIZADO EM 29/10/2015, 12h59
Duração de áudio: 01:46
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DO CARF APROVOU NESTA QUINTA-FEIRA A CONVOCAÇÃO E QUEBRA DOS SIGILOS FISCAL, BANCÁRIO E TELEFÔNICO DO EX-CONSELHEIRO DO ÓRGÃO, JOSÉ RICARDO DA SILVA. LOC: JOSÉ RICARDO FOI PRESO ESTA SEMANA DURANTE A QUARTA FASE DA OPERAÇÃO ZELOTES, DA POLÍCIA FEDERAL. O SÓCIO DELE, JOÃO BATISTA GRUGINSKI, COMPARECEU À COMISSÃO, MAS SE RECUSOU A RESPONDER AS PERGUNTAS DOS SENADORES. DETALHES COM PAULA GROBA. TÉC (Repórter) Acusado de negociar a redução ou anulação de multas no Carf, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o ex-auditor fiscal João Batista Gruginski, um dos fundadores da SGR consultoria Empresarial, investigada pela Operação Zelotes, foi questionado pelo senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, sobre a origem de montantes em dinheiro depositados na conta bancária dele, entre os anos de 2009 e 2011. Os valores de cada operação chegaram a 400 mil reais. Randolfe também questionou Gruginski, que, segundo a polícia, prestava serviços ao Partido Progressista, sobre uma sequência de emails entre ele e seu ex-sócio, preso esta semana, José Ricardo da Silva, no qual negociavam pagamentos a parlamentares. (RANDOLFE) Vossa senhoria diz no email, de qualquer forma diga a eles (ou seja, os parlamentares) que faremos assim que eu retornar toda a prestação de contas com os devidos acertos (prestação de contas, com os devidos acertos, com os parlamentares). (Repórter) Segundo Randolfe Rodrigues, a troca deste email ocorreu 7 dias antes da votação da MP 471 de 2009, que estendeu a vigência de incentivo fiscal às montadoras e fabricantes de veículos instalados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Gruginski se manteve calado. Os senadores aprovaram, então, requerimentos com a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos no esquema de pagamentos de propinas ao Carf. Entre eles, o de José Ricardo da Silva e da empresa dele, JR Silva; de Alexandre Paes dos Santos, apontado pela Polícia Federal como um dos principais operadores do esquema; além da convocação do fundador do grupo CAOA, distribuidor da marca Ford, Subaru e Hyundai no Brasil, Carlos Alberto de Oliveira Andrade. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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