Brasil recebe certificação da OMS pela eliminação da transmissão vertical do HIV

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A Organização Mundial da Saúde entregou, nesta quinta-feira, ao presidente Lula e ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o certificado de eliminação da transmissão vertical do HIV, ou seja, quando o vírus passa da mãe para o filho na gestação, no parto ou na amamentação. O Brasil passa a fazer parte de uma lista de dezenove países e territórios a alcançar esse marco e é o primeiro com mais de cem milhões de habitantes a fazê-lo. Além da redução, em si, da transmissão vertical do HIV para menos de 2%; a cobertura superior a 95% de atenção pré-natal, a testagem rotineira para HIV e o tratamento oportuno para gestantes foram observados para a certificação. Desde 1996, de forma pioneira, o Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito a pessoas com o vírus. Médica infectologista, a senadora Zenaide Maia, do PSD do Rio Grande do Norte, diz que o reconhecimento da OMS prova a importância do investimento em saúde pública. (senadora Zenaide Maia) "Com pré-natal regular, testagem precoce, uso correto da terapia antirretroviral, parto assistido com segurança e acompanhamento do recém-nascido, o risco de transmissão pode ser reduzido a níveis próximos de zero. Esse reconhecimento da Organização Mundial de Saúde é uma vitória do SUS, dos profissionais de saúde, da vida." Em 2015, Cuba foi o primeiro país do mundo a eliminar a transmissão vertical do HIV. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a mortalidade por aids caiu para o menor patamar da história: 3,4 mortes por 100 mil habitantes. Desde o início da epidemia, em 1980, até hoje, o País registrou 1.165.533 pessoas com HIV. Nessas quatro décadas e meia, quatrocentos e dois mil e trezentos brasileiros morreram em decorrência da aids. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.