Apresentação de relatório da reforma da Previdência é adiado
O relator da reforma da Previdência (PEC 6/2019), senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), adiou a entrega do relatório. Ele pediu mais tempo para analisar as considerações apresentadas nas audiências feitas na Comissão de Constituição e Justiça. Já o líder do PT, Humberto Costa (PE), voltou a criticar o prazo da votação da reforma no Senado. As informações são da repórter da Rádio Senado, Hérica Christian.
Notícias relacionadas
Reforma da Previdência: idade mínima
Alessandro Casalecchi comenta impacto da reforma da Previdência para o servidor
Transcrição
LOC: O SENADOR TASSO JEREISSATI ADIA PARA A PRÓXIMA SEMANA A ENTREGA DO RELATÓRIO PRELIMINAR DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA.
LOC: APESAR DA RODADA DE AUDIÊNCIAS PÚBLICAS, A OPOSIÇÃO RECLAMA DA FALTA DE TEMPO PARA DISCUTIR AS NOVAS REGRAS DE APOSENTADORIA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN:
(Repórter) Após uma semana de diversas audiências públicas na Comissão de Constituição e Justiça, o senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, pediu um prazo maior para a entrega do relatório da Reforma da Previdência. No calendário inicial, o texto seria apresentado nesta sexta-feira, dia 23. Mas Tasso argumentou que precisaria de mais tempo para considerar as manifestações ouvidas nas audiências. Ele voltou a afirmar que manterá os principais pontos das novas regras de aposentadoria já aprovados pela Câmara dos Deputados. Mas esclareceu que as mudanças serão contempladas na PEC Paralela, a exemplo da inclusão de estados e municípios na reforma. Antes de entregar o relatório, Tasso Jereissati vai conversar com outros senadores.
(Tasso Jereissati) Preciso do fim de semana, início da semana que vem, para trabalhar com a equipe. Essas audiências públicas se estenderam, eu pensei que terminariam mais cedo. Mas vou pegar o fim de semana todo para trabalhar e na segunda-feira também para ouvir alguns senadores.
(Repórter) O líder do PT, senador Humberto Costa, de Pernambuco, voltou a criticar o que chamou de pressa do Senado para votar a Reforma da Previdência. Enquanto os deputados levaram seis meses para discutir e aprovar a proposta, o Senado deverá votar as novas regras em até 65 dias.
(Humberto Costa) Essa discussão teria que ser muito mais profunda. Eu me arrisco a dizer que a maioria esmagadora dos senadores sequer tem conhecimento profundo sobre a Reforma. Mas, na verdade, essa Reforma é profundamente nociva especialmente para os trabalhadores mais pobres. E eu creio que exigiria uma discussão muito mais ampla do que essa que está sendo feita agora.
(Repórter) Depois da leitura do relatório na Comissão de Constituição e Justiça, será concedido um prazo para os senadores analisarem o texto, que só será votado na semana seguinte no colegiado para então ser encaminhado ao Plenário, onde terá que passar por dois turnos de votação.