Sindicatos pedem para que reforma da Previdência não seja votada às pressas
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) debateu em audiência pública os impactos da reforma da Previdência (PEC 6/2019) no serviço público. O senador Paulo Paim (PT-RS) questionou a votação às pressas e disse que pretende cobrar mais estudos sobre a necessidade da Reforma da Previdência.
Transcrição
LOC: COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DEBATE REFORMA DA PREVIDÊNCIA COM SINDICATOS E ASSOCIAÇÕES DE SERVIDORES PÚBLICOS
LOC: PARTICIPANTES PEDEM PARA QUE A PROPOSTA NÃO SEJA VOTADA SEM UMA ANÁLISE PROFUNDA DAS NOVAS REGRAS DE APOSENTADORIA. REPORTAGEM DE JOSÉ ODEVEZA.
(Repórter) A Reforma da Previdência tem gerado preocupação para os sindicatos de trabalhadores. Aprovada pela Câmara dos Deputados, a proposta já está em discussão no Senado. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, considera que as diversas modificações no texto da Reforma estão dificultando a análise dos reais impactos das novas regras de aposentadoria. Mas ele cobrará mais estudos sobre a Previdência.
(Paulo Paim) Não tem um senador que conheça de fato a Reforma da Previdência. Cada dia, tem uma novidade que os técnicos me trazem. ‘Olha Paim, tu viu isso? Tu viu aquilo” Eu digo não! Isso eu não tinha visto. Então, ninguém domina essa Reforma. E a Câmara quando votou deve ter sido muito isso também. Mas a Câmara sempre fica na expectativa que o Senado faça a revisão, que eu espero que aconteça e a gente não só bata carimbo como aconteceu em muitos casos.
(Repórter) O representante do SINDIFISCO, George Alex, citou a dificuldade de acesso a dados que são de posse do governo.
(George Alex) Só que nós não temos como fazer o contraponto. Nós não temos o número e nós não temos a metodologia para chegarmos ao número do governo. A Câmara trocou esse jogo sem nada não precisa tocar.
(Repórter) O representante do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Clovis Scherer, pediu para que o Senado focasse nos pontos que atinjam a grande maioria dos trabalhadores, como as regras de transição.
(Clovis Scherer) A necessidade de a gente ter um olhar para os impactos que cruzam a todos, inclusive os trabalhadores em situações especiais, servidores públicos. E esses três pontos eu acho que eles são transversais eles vão rebater em todo mundo.
(Repórter) O relator da Reforma da Previdência, senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, deve apresentar o seu parecer na próxima semana.